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Paula Rego |
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"Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa;
uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende."
(Fernando Pessoa in: Livro do desassossego. Ed. Companhia de Bolso, p.49)
Portugal não podia estar melhor representado!
ResponderExcluirAplausos
Impaciência da alma. Eu dava tudo pra ter escrito isso.
ResponderExcluirO livro do desassossego de Pessoa é sem duvida um dos melhores livros que já li. Parabéns pelo bom gosto. Abraço.
ResponderExcluirO desassossego ser sempre igual parece até ironia, né? Mas é crescente e sempre...
ResponderExcluirTive uma vontade louca de ler esse livro agora.
ResponderExcluirTia, há livros e livros, mas você conhece e ainda melhor, mostra os mais encantáveis.
Concordo com Côvo. Pessoa arrebenta nas analogias, poucos fazem igual se o fazem! Demais!
ResponderExcluir"Só tenho tempo pras manchetes no metrô
ResponderExcluirE o que acontece na novela
Alguém me conta no corredor
Escolho os filmes que eu não vejo no elevador
Pelas estrelas que eu encontro
Na crítica do leitor
Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim
Só me concentro em apostilas
Coisa tão normal
Leio os roteiros de viagem
Enquanto rola o comercial
Conheço quase o mundo inteiro
Por cartão postal
Eu sei de quase tudo um pouco
E quase tudo mal
Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa..."
a inconstância. =I
ResponderExcluirSempre em desassossego essa alma inquieta.
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