terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

como se ele jamais tivesse existido, sim, é isso, jamais, jamais (M. Duras)


“Não, a jovem não olhou mais para o menino, como se ele não existisse, como se nunca tivesse existido, como se ele fosse penalizado por ser amável ao ponto de ser maldito, como se ele jamais tivesse existido, sim, é isso, jamais, jamais, como se a própria ideia de sua existência nunca a houvesse aflorado, como se você não existisse. O menino retirou a mão, estancou, ele não compreendia quem ela era, quem ela havia se tornado.”

(Marguerite Duras in: O verão de 80. Ed. Record, p. 95)

13 comentários:

  1. Somos tantos e, no entanto, somos sós...

    ResponderExcluir
  2. Lindo retrato de perceber o outro, tanto ela quanto ele...

    Aqui, vamo flaa sério... vc acorda cedasso hein???? E ainda consegue mandar posts profundos... rsrsrsrs

    Beijos

    Bom dia

    ResponderExcluir
  3. amável ao ponto de não existir.

    ResponderExcluir
  4. Por mais que os olhos se ceguem, o coração não nos permite desfocar do amor.
    Bjos achocolatados

    ResponderExcluir
  5. Sobreviventes dessas loucuras apaixonadas, é o que somos.

    BeijooO*

    ResponderExcluir
  6. E há sempre um menino desse, em nós.

    ResponderExcluir
  7. As pessoas mudam, as vezes para melhor- mas nem sempre. Beijo

    ResponderExcluir
  8. Pudera eu ter essa força de não mais olhar...

    ResponderExcluir
  9. As vezes quando temos tudo o que queremos ou quando recebemos o amor que sempre sonhamos, percebemos que não era o que queriamos ou do jeito que imaginávamos que seria então... a gente ignora o que sempre desejou e busca novas emoções...

    ResponderExcluir
  10. "como se ele não existisse"
    como a partícula comparativa faz toda a diferença... e mesmo que nos escape, como ignorar a conjunção condicional?... mesmo assim, e para os desatentos, ainda há o modo conjuntivo do verbo... irra, demasiadas hipósteses... afinal, existir é ser.

    ResponderExcluir

So if you have something to say, say it to me now