“Uma tristeza de crepúsculo, feita de cansaços e de renúncias falsas, um tédio de sentir qualquer coisa, uma dor como de um soluço parado ou de uma verdade obtida.”
(Fernando Pessoa in: Livro do desassossego. Ed. Companhia de Bolso, p.77)
Fernando, sempre digo por aí e aqui repito, mil vezes sem fim se necessário for para que creias em mim. Você diz o que é meu com a poesia maior que não possuo; mas a dor dessa minha verdade descoberta não dói, leva-me simplesmente a beijar suas mãos.
Talvez o melhor a fazer não seja lutar contra esse cansaço ou tentar livrar-se dele à força. Isso pode muito bem alimentá-lo e fortalecê-lo. Talvez seja sábio aceitá-lo com a perspectiva de que ele é - apesar de incômodo e dolorido - passageiro e terá seu próprio ciclo de duração, ciclo esse que, de qualquer maneira, irá durar à revelia da nossa vontade.
ah só depois que eu vi que é o Desassossego de bolso, abri na página e não encontrei - taí a explicação o meu é o Desassossego maior. Só para curiosidade fala na pág77 "Com a morte? Não, nem com a morte. Quem vive como eu não morre: acaba,murcha, desvegeta-se." só uma frase do "42"
Vem cá Luísa, me dá tua mão - um blog sobre literatura, psicanálise, cinema e o que mais dê sentido aos sentidos.Ou ainda: meus sublinhados e tudo aquilo que me toca.
Leitora voraz. Jornalista - especializada em Moda e Comunicação - e psicanalista - ou seja, especialista em ilusões perdidas. Mestra em psicanálise e literatura.
Blogueira para matar a saudade - do meu estar-dentro-de-mim.
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Vanessa! Tô vivo e de volta. Acho que sarei.
ResponderExcluirA dor da verdade obtida realmente lembra um soluço parado. Não é a maior dor, mas é incômoda e persistente.
a verdade obtida pode doer. mas é tão melhor assim...
ResponderExcluirFernando, sempre digo por aí e aqui repito, mil vezes sem fim se necessário for para que creias em mim. Você diz o que é meu com a poesia maior que não possuo; mas a dor dessa minha verdade descoberta não dói, leva-me simplesmente a beijar suas mãos.
ResponderExcluirFernando é absoluto!
ResponderExcluirSempre.
Beijos,
Cinthya
http://odivaadellas.blogspot.com
Talvez o melhor a fazer não seja lutar contra esse cansaço ou tentar livrar-se dele à força. Isso pode muito bem alimentá-lo e fortalecê-lo. Talvez seja sábio aceitá-lo com a perspectiva de que ele é - apesar de incômodo e dolorido - passageiro e terá seu próprio ciclo de duração, ciclo esse que, de qualquer maneira, irá durar à revelia da nossa vontade.
ResponderExcluirRenuncias são a morte em vida ...
ResponderExcluirFernando Pessoa sabe retratar em palavras a subjetividade dos sentimentos humanos. Excelente frase.
ResponderExcluirah só depois que eu vi que é o Desassossego de bolso, abri na página e não encontrei - taí a explicação o meu é o Desassossego maior. Só para curiosidade fala na pág77 "Com a morte? Não, nem com a morte. Quem vive como eu não morre: acaba,murcha, desvegeta-se." só uma frase do "42"
ResponderExcluirbjs
Perdão pela expressão, mas F. Pessoa é phoda... a dor de uma verdade obtida é pungente... ;)
ResponderExcluirave, pessoa!
ResponderExcluirbeijo.
outra de Pessoa: "trago o cansaço antecipado das coisas que não farei"
ResponderExcluirbeijo
Fernando pessoa ...De um gênio unico..amo..bjs
ResponderExcluirVanessa é incrivel como so atraves da literatura certas coisa conseguem ser descritas e explicadas, isso é exatamente o que estou sentido hoje.
ResponderExcluirai, como amo esse filme.
ResponderExcluirDeve ser um livro incrível!
ResponderExcluiros poemas do desassossego me doem tanto...
ResponderExcluirSó mesmo Pessoa para definir a dor com tanta eficácia...
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