quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

O Deus das avencas

(...) Uma paixão interrompida não se dá ao luxo de retroceder ao passado longínquo em nossa introspecção, ela nos persegue resoluta, a uma distância segura, como um cão faminto por uma estrada abandonada, e quando você se vira e arrisca uma aproximação, foge amedrontada, pois essa distância é fruto de uma violência irreparável e não pode, é óbvio, ser vencida. Daniel Galera in: O deus das avencas. Companhia das Letras