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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

do aprendizado - Alana Trauczynski



"O medo do fracasso só faz atraí-lo cada vez mais. Só pode alcançar o sucesso aquele que perde completamente o medo do fracasso por encarar ambos, sucesso e fracasso, como uma só coisa: aprendizado".

(Alana Trauczynski in: Recalculando a rota. Ed. RDG)

Onde comprar o livro:

Livrarias Catarinense: http://www.livrariascuritiba.com.br/recalculando-a-rota-rdg-editora,product,LV311276,3112.aspx

Editora RDG: http://www.editorardg.com.br/

Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4065150/recalculando-a-rota-uma-louca-jornada-em-busca-de-proposito/

Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=30062028&sid=01412338614529448679933146

terça-feira, 21 de agosto de 2012

sábado, 11 de agosto de 2012

Ele não tinha...

Ele viu a morte 
tomar a vida
antes de morrer.

Escuro, montanhas.
Catarro, secreção 
Pedaço de costela. 

Pulmão, entubação
traqueotomia
vão cortar, a
garganta dele.

Operação realizada
Ele não reage
profunda prostração
médicos irritados
com sua resistência
a cura.

Tuberculoso, nenhuma
vontade de viver.

26 de março
1980
13h40
o laudo
medico:
o acidente
não é
a causa
direta da morte.

Ele não tinha porque viver
A vida se mostrava muito onerosa.

Não havia como resistir
a um corpo
a um vida, que lhe
havia escapado.

Caixão aberto
desfilam diante
do corpo minúsculo
pequenino, inútil
desamparado.

Caixão fechado,
levado num carro fúnebre,
para Urt.

Barthes foi embora
para um lugar
onde todos iremos.
 

 
(Carlos Alves)

terça-feira, 17 de julho de 2012

Imperdível (uma breve pausa para o que precisa ser divulgado)

Lançamento do livro "Recalculando a Rota", da escritora - blumenauense - Alana Trauczynski

Data: 20 de julho
Horário: a partir das 19h30
Local: Livraria Catarinense do Beiramar Shopping (piso Joaquina)
Endereço: Rua Bocaiúva, 2468

O curioso é que eu e a Alana temos quase a mesma idade, amigos em comum, nascemos e moramos anos na mesma cidade e só nos conhecemos há uns anos, aqui no Rio de Janeiro (em uma oficina literária, ministrada pela outra querida e talentosa escritora que é a Ana Letícia Leal).

Quem estiver por Floripa na data, vá!

A página do livro no Facebook.






segunda-feira, 16 de abril de 2012

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

1001 blogs para ler antes de morrer


Eu e a Andressa, inspiradas na obra "1001 livros para ler antes de morrer", pensamos numa nova lista:

"1001 blogs para ler antes de morrer"

Cada leitor escolhe um blog, que não seja o seu próprio (claro) e vamos criando a listagem.

A lista será desenvolvida em um link permanente, na página principal do "Vem cá Luísa".

Por favor, olhem a lista antes de escolherem, para que os nomes sejam únicos. Não vale escolher o nome dos blogs já listados.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Docinho


Docinho

* para ler ao som de *

Kadir saiu mais cedo que o ponto permitia; supôs algumas desculpas para quando o chefe estivesse mais contente e disposto em desorientar certas convenções ancestrais. Escadas abaixo, embrenhou-se no carro e sacou uma foto do final dos anos 90. Sorriam duas pessoas apenas, em um descampado laico, uma menos presente, e outra sofridamente boba. Não era ele.
Louise gostava de despojar os pés na cadeira mais próxima; largateava sua preguiça às vezes esticada, sorrindo sozinha a malícia que recheava, lupinamente, os seus automáticos de sempre. E com os celulares no silencioso, curtia os últimos minutos do precioso silêncio antes que Kadir chegasse. Havia álbuns revirados em sua gaveta, sem nenhuma pretensão em disfarçar a invasão.
Ele chegou e empunhou a primeira pergunta antes da porta fechar. A foto, meio amassada no bolso, comportava um baú de importância cujos símbolos desconhecia. E Kadir queria saber, agora.
- Quem é? – seco e rápido.
- Quem, Kadir? – invisível.
- Esse aqui – demorou um pouco pra resolver a dobra na foto que a pressa criou.
- É melhor você me perguntar qual é a história dele – lacônica.
- Ele te comeu? – sorrindo um meia boca frouxo, sorriso de lagarto.
- ...
- ...
Uma ambulância passa na quadra vizinha. O som propaga porque não há comércio por perto. É um bairro de casas e plantas, morno de mais um final de tarde, no meio da semana. Louise recupera a perna em uma posição de cotovelos. Finalmente alcança os olhos pedrados de seu macho em xeque. Deixa escapar um expiro denso e revela o relato saqueado:
- Foi uma história estranha. Éramos amigos, mas ele insistiu em me amar. Oferecia carona, e quando eu entrava, tocava suas obviedades, como um "Eu preciso dizer que te amo" de Cazuza, sempre nessa insuportável sugestão adolescente. E havia flores também. Flores... Flores! Imagina? Logo eu, que nem gosto de ganhar... Se ele me conhecesse bem, saberia disso. Você bem que sabe disso... Nunca te decepcionei tanto como naquela vez das orquídeas importadas. Lembra? Rs – escapou um soluço de deboche.
- Aham. Continue – impávido.
- Ele dançou a valsa de formatura comigo; aquela dança que eu tinha reservado a outro.
- Outro? Quem? – ofendido.
- Não vem ao caso – seca e abrupta.
- ...
- Ele era primo de 3º grau do Bruno, que o apresentou pra mim por acaso, num encontro frívolo em filas de supermercado [Kadir não disfarça e prende os dentes com mais força]. Moravam na mesmo bairro, inclusive, próximo àquela lojinha charmosa de flores e café. [Kadir resmunga alto e cruza os braços com a foto entre os dedos] Mas, como você sabe, o Bruno me chutou tempos depois, e ele veio com flores para curar minha dor. Mais uma vez, esse crime.
- “Bruno”... – Kadir deixa escapar no fim do suspiro forte da dor estranha, aquela que transfigura o passado num presente de penitências.
- Kadu. Ele é ótimo, mas docinho demais, saca? Ele ///
[Interrompendo] - É ótimo? Como assim ///
[Interrompendo] - Enjoa igual comer quatro quindins, sem água. Um lorde inglês, como disse minha mãe certa vez, rs – dessa vez, o soluço foi um gargalho mesmo.
- ...
- Bom, ele não teve culpa se eu não soube amá-lo direito. Meu modo de amar é duro, sabes...
- Sei. Mas ele te comeu?
- ...


(Por Emmanuel Mirdad, deste blog aqui)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A insustentável sensação de deslocamento



"Algumas coisas ferem demasiado. Um simples virar de rosto. A conversa interrompida sem nenhum gesto brusco. O silêncio que se instaura torrencial como uma tempestade de verão. A notícia de alguém querido que partiu. Tudo o que deixa o coração destronado. A saliva que não se consegue engolir. Nesses momentos, tenho a impressão que o grande abismo da existência nos abocanha com a força de mil locomotivas. É como invadir a ordem estabelecida de uma casa, minar os seus alicerces. Todo ser humano já deve ter sentido isso alguma vez. A insustentável sensação de deslocamento".

(O Ulisses no supermercado, José de Assis Freitas Filho, p. 22 - O Assis escreve para este blog aqui)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Amor como artesanato


"Acredito que amor seja um artesanato sem prazo fixo. Não há padrão e nem "kit" de montagem para comprar pela internet. É construção miudinha, pedra sobre pedra".

(Caio Martins, desse blog aque eu adoro: http://caiovmartins.blogspot.com/)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pequena epifania!


Um click fez meu dia melhor:

http://instantesdesingelezas.blogspot.com/2010/05/descontrole.html

A Didi, uma moça linda de um blog que eu ADORO escreveu-me algo tão tão belo.

Algumas linhas podem acabar com meu humor de cão matinal.

Grazie mille, Didi :D

sábado, 24 de abril de 2010

Migalhas também me interessam


"Conversar para quê?
Mete a sapatilha na lama!".

(V. Leal)

terça-feira, 2 de março de 2010

Sobre gatos


"(...) você é como gata de telhado, pula rápida e certeira".
(Caio Martins)

OBS: O Caio escreve para http://caiovmartins.blogspot.com/e http://prosaeversodeboteco.zip.net/

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Caio - não o Abreu - Martins


"Ô moça,
que faremos nós,
agora
se teu sorriso foi embora?

(...)
Quem sabe,
qualquer hora
ela volta.."
(Caio Martins)

PS: O moço destas linhas escreve para os blogs: http://caiovmartins.blogspot.com/e http://prosaeversodeboteco.zip.net/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Errado Trapezista




O Errado Trapezista


Aceito,
Aceito que me chames qualquer dos teus nomes!
Nesta terra habitaram todos os rostos que já não acodem
Ao teu apelo! Já não olham de frente
Nem se viram para trás ao escutarem o seu nome;
Apesar de tudo, aceito qualquer nome!

Assim posso acontecer em mim, o que em mim trago
- Trago no bolso uma borboleta cor de chuva
E um pedaço de algodão que arranha o céu, uma nuvem.
Trago ilhéus, mares inteiros, arcas rabiscos de mineiro.
Traços em Hibiscos, em Malvas e Babilónias
De Sábios Persas do Rei Zemir.
Trago num saco um poço labirinto sem fim,
E um caco de cálice que foi ventre em sangue, em mim.
Trago um pão seco de espírito e um gomo de laranja descascada;
Alimento aerívoro de quem caminha sem rumo.
Assim posso acontecer em mim, em tudo o que está por vir.

Aceito,
E aceito sem condições, este falso trapézio!
Nesta porção de terra onde tudo se habitava,
Agora, o que falta se abandona! Era terra?
Aceito! Era aliança, era poema, era ciência?
Talvez esquecimento…
Dos que para trás nem se viraram ao teu chamamento,
Casa trapézio, casulo desfeito,
Tudo em ti, é incerta e exacta ilusão, e
Qualquer nome que seja, tomo, aceito!

Colmeal Velho, 19 de Janeiro

*Texto gentilmente cedido por este blog aqui: http://abarcadosamantes.blogspot.com/2010/01/o-errado-trapezista.html*

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Meninas, mulheres


Confissão aos homens

toda mulher
traz uma sombra no olhar
------------------------------- não de maquiagem -
e carrega um peso nos ombros
------------------------------- sem qualquer bagagem -

toda mulher
parece estar nua
------------------------------- mesmo vestida -
e se faz conhecer aos outros
------------------------------- sempre escondida -

toda mulher
se encara no espelho
------------------------------- aos por quês -
e se sente verdadeiramente só
------------------------------- apesar de vocês -


(Renata de Aragão Lopes)

* Esbarrei no blog da autora e gostei: http://docedelira.blogspot.com/