"Eu estava dentro de uma cruel iluminação, sob o impiedoso olhar das coisas. Como sabem ler todos os indícios, os pensamentos secretos, condenar-me-iam pela menor intenção. No entanto, eu precisava de amor. Que fazer? Qual gesto? Muita dor permanecia contida em mim. Se eu lhe abrisse uma única e diminuta comporta, sua onda iria precipitar-se em meus gestos e cumprir quem sabe o quê."
(Jean Genet in: Pompas fúnebres. Ed. Nova Fronteira, p. 43)
Mostrando postagens com marcador Jean Genet. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jean Genet. Mostrar todas as postagens
domingo, 3 de abril de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Como surpreender o segredo do desaparecimento das coisas? (Jean Genet)
"Tudo, mesmo, poderia ter desaparecido. Seria verdade que os filósofos duvidassem da existência das coisas que estão atrás deles? Como surpreender o segredo do desaparecimento das coisas? Virando-se muito rápido? Não. Mais rápido? Ainda mais rápido? Tentei um olhar atrás de mim. Espiei. Virei o olhar e a cabeça, pronto para... Não, era inútil. As coisas jamais se enganam. Seria necessário virar sobre si mesmo com a rapidez de uma hélice de avião. Perceber-se-ia, então, que as coisas desaparecem e, com elas, a própria pessoa. Parei de brincar. Com o coração pesado, virei-me."
(Jean Genet in: Pompas fúnebres. Ed. Nova Fronteira, p. 45-46)
(Jean Genet in: Pompas fúnebres. Ed. Nova Fronteira, p. 45-46)
Assinar:
Postagens (Atom)