sexta-feira, 29 de novembro de 2013

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"Assim achava Swann, naquela censura que Odette lhe fazia, como que uma prova de interesse, talvez de amor; e, com efeito, dava-lhe agora tão poucas provas de amor que ele era obrigado a considerar como tais as proibições que ela lhe fazia de uma coisa ou outra".

(Proust in: No Caminho de Swann. Tradução de Mario Quintana, Ed. Globo, p. 309)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

do inútil


"- Tente nadar de costas - disse.
- Já tentei umas cem vezes, é inútil, há coisas que não dá.
- Mesmo assim, tente, quero que você aprenda.
- Há coisas que a gente não aprende nunca, é inútil."

(Marguerite Duras in: Os pequenos cavalos de Tarquínia. Ed. Guanabara, p. 194)

Imagem: Edward Steichen

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

inoperável


"E aquela doença que era o amor de Swann de tal modo se multiplicara, estava tão estreitamente ligada a todos os hábitos de Swann, a todos os seus atos, a seu pensamento, a sua saúde, a seu sono, a sua vida, até ao que ele desejava após a morte, era de tal sorte um só todo com ele, que não lho poderiam arrancar sem o destruir quase por completo: como de diz em cirurgia, o seu amor não era mais operável".

(Proust in: O tempo redescoberto. Tradução de Lúcia Miguel Pereira. Ed. Globo, p. 298)

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sábado, 16 de novembro de 2013

mais que reviver, narrar é reinventar

A memória (...) faz crer que narrar é recordar. A presentificação de momentos do passado aprofunda essa concepção, demonstrando que, mais que recordar, narrar é reviver. Todavia, a memória não é pura. Elementos ficcionais recriam as lembranças, e o passado evocado e revivido banha-se na imaginação. Mais que recordar, portanto, mais que reviver, narrar é reinventar.

Andréa Correa Paraiso in: Marguerite Duras e os possíveis da escritura: a incansável busca. Ed. Unesp, p. 137.

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

demolir o equilíbrio dele com uma avalanche de beijos


Na ideia do amor, a que podia agarrar-se através das expressões "equilíbrio emocional" e "entre nós". Acreditara poder demolir o equilíbrio dele com uma avalanche de beijos. Como se fosse possível fazer com que ele morresse e ressuscitasse com uma alma transparente, pronta para a receber. Sabia que não há almas imaculadas, isoladas dos genes, do sangue, de uma história.

Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar.

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

De novo...



O perfil é esse: https://www.facebook.com/profile.php?id=100007048057805

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mas já a noite chega e o impede

"Eu vivera como o pintor galga a encosta que penetra um lago, cuja vista lhe é vedada por uma cortina de rochedos e árvores. Por uma brecha, divisa-o afinal, tem-no todo sob os olhos, toma dos pincéis. Mas já a noite chega e o impede de pintar, a noite após a qual não haverá dia!"

(Proust in: O tempo redescoberto. Tradução de Lúcia Miguel Pereira. Ed. Globo, p. 281)

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

BookCrossing Blogueiro


Vamos libertar um livro?

De 08 a 16 de novembro, blogs vão espalhar livros para serem encontrados por aí.

Infos aqui:

http://luzdeluma.blogspot.com.br/search/label/Bookcrossing

E aqui:

https://www.facebook.com/events/211195232394656/?source=1Crossing Blogueiro

Vou participar ;)

Vanessa

sem coquetismo lascivo


Dino Buzzati in: Um amor.

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

da elegância


"- (...) A elegância excessiva torna os homens efeminados. Tenho um amigo que costuma dizer-me que se eu encontrar um homem de mais de quarenta sem barriga é porque é gay. E eu tenho verificado que sim."

(Inês Pedrosa in: Dentro de ti ver o mar)

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