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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A outra vida de Catherine M III


















"Uma das vantagens do sonho é a perfeita impunidade da qual nos beneficiamos, quaisquer que sejam as atrocidades que cometamos ou a indecência que demonstremos. Eu estava tão mergulhada na atmosfera da minha obsessão que não vi, imediatamente, a que ponto Jacques estava magoado com a minha intromissão nos seus papéis mais íntimos e com a minha hermenêutica aleatória sobre seus livros. Era como se eu estivesse vasculhando o seu inconsciente".

(A outra vida de Catherine M., Catherine Millet)

A outra vida de Catherine M II


"(...) passei a viver numa gaiola da qual via Jacques ir e vir, e esporadicamente desaparecer no horizonte, sem poder ir ao encontro dele e compartilhar seu espaço".

(A outra vida de Catherine M., Catherine Millet)

A outra vida de Catherine M I


"(...) diria que me sinto como se tivesse dois corpos. Um é aquele onde moro, ou melhor, que transporto, como um molusco na sua concha, sem nunca ter sabido corretamente apreciar seu lugar no espaço... O outro é o corpo relacional, que me põe em contato mais ou menos estreito com os outros e que veicula uma imagem de mim, da qual afinal cada um dispõe ao seu modo".

(A outra vida de Catherine M., Catherine Millet)

Imagem: Egon Schiele