segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O Errado Trapezista
O Errado Trapezista
Aceito,
Aceito que me chames qualquer dos teus nomes!
Nesta terra habitaram todos os rostos que já não acodem
Ao teu apelo! Já não olham de frente
Nem se viram para trás ao escutarem o seu nome;
Apesar de tudo, aceito qualquer nome!
Assim posso acontecer em mim, o que em mim trago
- Trago no bolso uma borboleta cor de chuva
E um pedaço de algodão que arranha o céu, uma nuvem.
Trago ilhéus, mares inteiros, arcas rabiscos de mineiro.
Traços em Hibiscos, em Malvas e Babilónias
De Sábios Persas do Rei Zemir.
Trago num saco um poço labirinto sem fim,
E um caco de cálice que foi ventre em sangue, em mim.
Trago um pão seco de espírito e um gomo de laranja descascada;
Alimento aerívoro de quem caminha sem rumo.
Assim posso acontecer em mim, em tudo o que está por vir.
Aceito,
E aceito sem condições, este falso trapézio!
Nesta porção de terra onde tudo se habitava,
Agora, o que falta se abandona! Era terra?
Aceito! Era aliança, era poema, era ciência?
Talvez esquecimento…
Dos que para trás nem se viraram ao teu chamamento,
Casa trapézio, casulo desfeito,
Tudo em ti, é incerta e exacta ilusão, e
Qualquer nome que seja, tomo, aceito!
Colmeal Velho, 19 de Janeiro
*Texto gentilmente cedido por este blog aqui: http://abarcadosamantes.blogspot.com/2010/01/o-errado-trapezista.html*
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Bem bonito...
ResponderExcluir...sem dúvida
ResponderExcluirum belo texto
muito mais
pela abstração
propósta.
pode até não ser
na cabeça do autor
mas sim na do leitor
viajei...
bem vinda
ao balaio!!
bj
Olá!
ResponderExcluirAdoro seu blog muito interessante.
Achei esse texto lindo..muito bonito.
Não conhecia seu blog foi ao acaso mas gostei bastante já está na minha lista de blogs. Convido-a a tomare um café na minha cozinha,:)e ser minha seguidora e tb serei tua,assim sabemos ambas quando à post novos:)espero sua visita.
Bjinhos,
Boa Semana
[eterna e ternamente agradecido]
ResponderExcluirum imenso abraço
Leonardo B.