terça-feira, 26 de janeiro de 2010

o constantemente inatingido


"Que é o para sempre senão o existir contínuo e líquido de tudo aquilo que é liberto da contingência, que se transforma, evolui e deságua sem cessar em praias de sensações também mutáveis?
(...) mas o possível, o constantemente inatingido, que perseguimos como se acompanha o rastro de um amor que não se consegue, e que afinal é apenas a lembrança de um bem perdido - quando? - num lugar que ignoramos, mas cuja perda nos punge, e nos arrebata, totais, a esse nada ou a esse tudo inflamado, injusto ou justo, onde para sempre nos confundimos ao geral, ao absoluto, ao perfeito de que tanto carecemos.)

(Crônica da casa assassinada, Lúcio Cardoso)

7 comentários:

  1. Nossa, adorei.
    Muita metáfora hein ? Mostra de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.

    Abraço querida.

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  2. OI VANESSA, é uma honra tê-la no meu blog.

    Não mereço metade disto, quanto mais, tudo isto.

    Quanto ao texto, realmente, não entendí nada!

    Um abração carioca e mais feliz do que pinto no lixo, por ter você por lá.

    Fique co Deus!.

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  3. Muito interessante. Gostei...essses amores demoram tanto a parar de doer.
    beijos

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  4. Preferi a primeira parte. Sensacional! Concordo que a vida é exatamente isso que transborda, é a curva e não a reta, é o que escapa. Mutável pq é um processo, não um ato. Privilégio de poucos.

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