quarta-feira, 16 de março de 2011

Mas quem poderia dizer: "Escrevo para não ter medo"? (Barthes)

Albert Anker
"Escrevo para não ficar louco", dizia Bataille - o que queria dizer que escrevia a loucura; mas quem poderia dizer: "Escrevo para não ter medo"? Quem poderia escrever o medo (o que não impediria dizer contá-lo)? O medo não expulsa, não constrange nem realiza a escritura: pela mais imóvel das contradições, os dois coexistem - separados."

(Roland Barthes in: O prazer do texto. Ed. Perspectiva, p. 59)

10 comentários:

  1. Linda imagem, mana.
    Infelizmente a escrita não expulsa o medo... (mas deixa ele um pouco longe)

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  2. A escrita não expulsa o medo, mas acalma um coração aflito!

    Beijos, flor!

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  3. Escrevo porque preciso - mas sem nenhuma precisão.

    Beijos, querida.

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  4. Eu escrevo... fico louca e tenho medo! ;) hehe.

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  5. Não expulsa, mas dá uma encorajada!!

    ps.fico aqui a pensar o quanto você ja leu na vida...

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  6. Vanessa,
    Penso que, como a escrita foi a forma pela qual o homem começou a cientificar sua vida, deixando, assim, a oralidade, ligada aos mitos, e às narrativas; este homem acreditou que poderia controlar toda a vida com o "Método científico", e nossos sentimentos são mitos, o amor é Afrodite, Invídia é a inveja, etc. Então, escrever sobre nossos sentimentos, é a catarse de se crer que estamos enterrando os velhos mitos, com a velha escrita. Velha crença grega!

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  7. Arrepiado com o texto. Desculpe, mas neste post foi impossível comentar algo mais complexo do que isso: fiquei arrepiado.

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