Henri de Braekeleer |
“Uma vez mais eu acredito que poderei deter-me aí, ficar aí, tê-la sob os olhos, simplesmente.
Sua vista, apenas, me abala. Ela não exige nenhuma palavra e poderia suportar um silêncio indefinido. Gostaria de fazer, de dizer, dizer um longo mugido feito de todas palavras fundidas e de volta ao mesmo magma, inteligível a Lol V. Stein. Calo-me. Digo:
- Nunca esperei tanto este dia em que nada acontecerá.
- Vamos em direção a alguma coisa. Mesmo que não aconteça nada, avançamos para algum objetivo.
- Qual?
- Não sei. Só sei alguma coisa sobre a imobilidade da vida. Portanto, quando esta se rompe, eu sei.”
(Marguerite Duras in: O deslumbramento. Ed. Nova Fronteira, p. 97)
Amei esse texto...bjs..boa semana.
ResponderExcluirVamos em direção a alguma coisa. Mesmo que não aconteça nada, avançamos para algum objetivo.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=kYskqvHHI-M
puxa, saber sobre imobilidade me paralisa,
ResponderExcluirbeijo
Meio maluco, mas legal ...
ResponderExcluirAi, que angustiante...
ResponderExcluirÀs vezes é mesmo preciso buscar o nada para encontrar tudo.
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