"Porque eu também já morri de alegria muitas vezes na minha vida. E quando passava essa espécie de gloriosa e suave morte, eu me surpreendia de que o mundo continuasse ao meu redor, de que houvesse uma disciplina para cada coisa, e de que eu mesma, a começar por mim, tinha o meu nome e já entrara na rotina: pensara que o tempo tinha parado e os homens subitamente se tinham imobilizado no meio do gesto que estivessem executando - enquanto eu vivera a morte por alegria."
(Da crônica: Morte de uma baleia. Clarice Lispector)
quarta-feira, 9 de março de 2011
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Morrer de alegria será gostoso, acredito. Abraço.
ResponderExcluirA intensidade nos leva a viver assim...Nem nossos desalentos são rasos...Lindo, Vanessa...Grande abraço.
ResponderExcluirA morte por alegria. Claro e confuso.
ResponderExcluirLindo e forte. Posso dizer que já morri de alegrias, mas tbm de tristezas. Mas sempre ao extremo, nunca um meio termo.
ResponderExcluirbjs
Infeliz de quem não sabe morrer.
ResponderExcluirSão essas ambiguidades da tragédia da vida, que a Clarice sabia ver tão bem.
ResponderExcluirAdoro chegar na última página de um bom livro, bem lido e bem vivido - é uma morte alegre.
ResponderExcluir;-)
Muito bom passar da simples alegria para a euforia. Pena que muitas vezes, esse percurso seja solitário e assustador para muitos.
ResponderExcluirHá cada final de dia uma nova morte! Tudo renasce...
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