sexta-feira, 4 de março de 2011

E desviamos o olhar acanhadamente, mas já capturados, presos ao que estava por vir


Passamos um pelo outro no corredor do sexto andar. Olhamos um nos olhos do outro. E desviamos o olhar acanhadamente, mas já capturados, presos ao que estava por vir. Não sei se você olhou para trás depois que saímos do mesmo horizonte. Eu estava aflita para ver o seu caminhar de costas, mas fui tomada por um formigamento e só continuei andando porque meu corpo me levava, mas a verdade é que estava paralisada, tomada por este sentimento que, por mais que tente, não consigo nomear. Levou algum tempo para que nos encontrássemos de novo.”

(Tatiana Salem Levy in: A chave da casa. Ed. Record, p.24)

9 comentários:

  1. E não é que é assim mesmo? Queria escrever desta maneira, rs. Bjos.

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  2. Aii...este olhar que mata...que prende...
    que leva junto...

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  3. E eu q sei como é isso.Eu que jamais consegui disfarçar nadinha...umolhar meu diz tudo!! TUDO!!!

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  4. minha querida tem um selinho pra vç no meu blog.
    na pagina de selos..

    espero que goste

    um bjão anjinho

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  5. Esse momento profundo - ainda que dure um nanossegundo - em que os olhares se cruzam é inescapável.

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  6. A alma reconhece o que o corpo, às vezes, pouco percebe!
    Comigo isso já aconteceu. :)
    Bjo

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  7. (...) Levou algum tempo para que nos encontrássemos de novo.

    ah! droga!
    :)

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  8. Já sofri paralisamentos e olhares assim. É bom e cheio de inquietude.

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