“Sempre vivi como se fosse interminável. Quero dizer que destruo tudo continuamente (...) Talvez seja o hábito de não cultivar, não guardar, não prever.
Pouco a pouco foi aumentando o peso sobre minhas costas. Escombros demais.
(...) Um maldito senso pragmático da vida. Passo a vida fazendo contas. Calculando quanto entrego e quanto me dão em troca. Eu achava que era um cara bom, mas essa mania de matemática me fez ficar desolado, virei terra. Daí apareceu uma bela garota em minha vida, que focalizou em mim seus olhos e me passou uma mensagem telepática de amor. E eu acreditei. Tinha de acreditar. Quando a gente se sente tão sozinho capta muito rapidamente uma mensagem assim e a leva com cuidado até o coração e a deposita ali e se entusiasma e acredita que já está tudo resolvido."
(Pedro Juan Gutiérrez)
Pedro Juan é intenso, único e magistral, assim como Clarice e Caio Fernando. Adoro!
ResponderExcluirGostei muito do blog tb, já adicionado ao meu. Beijos.
E não está.
ResponderExcluirE está aberto o caminho para futuras decepções.
ResponderExcluir(sim, estou numa fase pessimista.)
Gostei da frase!
ResponderExcluir"Pouco a pouco foi aumentando o peso sobre minhas costas. Escombros demais."
As vezes fazemos isso tambem...
e acreditamos mesmo.... é a mais pura verdade.
ResponderExcluirE as vezes o preço dessa crença companhia é alto demais.
ResponderExcluirVanessa, será que você poderia me dizer em qual livro do escritor cubano está esse parágrafo?
ResponderExcluirTrilogia Suja de Havana.
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