terça-feira, 22 de março de 2011

cheio da perturbação da sua ausência (M. Duras)

"Você tornou a ir embora depois de muitos dias, então, também, durante muitos dias depois disso, a cidade ficou mais escura e o quarto abandonado, cheio da perturbação da sua ausência, como que perfurado por esse golpe desferido contra sua solidão de sempre."

(Marguerite Duras in: O verão de 80. Ed. Record, p. 85)

9 comentários:

  1. Essa ausência que me deixa toda desarrumada por dentro...

    ResponderExcluir
  2. Como pode a presença de ausência doer?

    ResponderExcluir
  3. Ausência, coisa mais sexy do mundo.

    ResponderExcluir
  4. Nenhuma presença é tão devastadora quanto a ausência.

    ResponderExcluir
  5. Se a ausência não pertubar certamente a presença também não o fará.

    ResponderExcluir
  6. Apenas na ausência são percebidas algumas coisas fundamentais. Isso é um fato. Beijos, querida!

    ResponderExcluir
  7. Lindo... Me fez lembrar Nuno Júdice: "Quero dizer-te uma coisa simples: a tua ausência dói-me. Refiro-me a essa dor que não magoa, que se limita à alma; mas que não deixa, por isso, de deixar alguns sinais - um peso nos olhos, no lugar da tua imagem, e um vazio nas mãos, como se as tuas mãos lhes tivessem roubado o tacto."

    Beijos!

    ResponderExcluir
  8. quando é assim nem adianta pintar o quarto de verde...

    ResponderExcluir
  9. Interessante notar que o golpe foi desferido contra a solidão - de sempre - também do personagem que foi embora e não apenas daquele(a) que ficou.

    ResponderExcluir

So if you have something to say, say it to me now