"(...) eu devia me expor a você, sem reticências, sem jogos... mas ao mesmo tempo eu tinha medo de me dissolver, de me perder, de não ser mais eu, mas apenas um ser apaixonado... e tinha principalmente vergonha da minha ansiedade, da minha carência... se eu as exibisse a você, talvez você se assustasse e fugisse... e então eu ocultava os meus excessos, me mostrava distante, forte, blasée... e o que acabava mostrando era um arremedo de envolvimento, mesmo sabendo que isso nos fazia mal... eu odiava a dependência, a sujeição, a espera contínua por uma palavra, um gesto... era como se você fosse Deus e estivesse em suas mãos decidir a minha felicidade ou a minha desgraça... como suportar o fato de estar inteiramente subjugada a você? Como suportar teus atrasos, tua ausência... como ficar à espera e olhar para o relógio e sentir o tempo passar e construir mil histórias sobre o atraso... primeiro te desculpando, depois te acusando e prometendo a mim mesma fazer um escândalo quando você chegasse... e quando você chegava, eu ficava tão perturbada, tão feliz, tão grata, que esquecia completamente a raiva e a humilhação da espera... fico pensando no tempo em que desperdicei tentando dissimular. mascarar minha incontrolável dependência de você... durante meses ocultei minha loucura, me contive, sufoquei, fui civilizada... civilizada na minha fúria, civilizada na minha dor, civilizada em momentos que não devia ser..."
(Teatro Completo - Maria Adelaide Amaral, peça: De braços abertos, p. 228, Ed. Global)
quinta-feira, 31 de março de 2011
Fazia uma coisa a pensar noutra. Estava quase sempre a pensar noutra coisa
“Vivia na lua a um ritmo supersónico de boneco animado. (...) Fazia uma coisa a pensar noutra. Estava quase sempre a pensar noutra coisa. Vivia em vôo. Não suportava a ideia de permanecer sempre assim, em terra, aterrada.”
(Inês Pedrosa in: Os íntimos. Ed. Alfaguara, p.116)
quarta-feira, 30 de março de 2011
Às vezes acho que há uma relação inversa
“Você sabe que eu raramente sinto culpa, por isso a surpresa. Por que será que algumas pessoas sentem mais culpa do que as outras. Às vezes acho que há uma relação inversa entre o crime e a culpa. Quanto mais culpado você se sente, menos grave é o teu crime, talvez ele nem exista.”
(Carola Saavedra in: Paisagem com dromedários. Ed. Companhia das Letras, p. 87)
o que está por trás da palavra "paz" (Guimarães Rosa)
Ruven Afanador |
(Guimarães Rosa in: Ficção completa. Vol.II. Ed. Nova Aguilar, p. 423)
terça-feira, 29 de março de 2011
Ele está interessado em quem sou. Isso é verdade, mas...
Martin J. Leighton |
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 20-21)
não aconteceram, mas deveriam
“Algumas das coisas de que me lembro não aconteceram, mas deveriam ter acontecido.”
(Josephine Hart in: Pecado. Ed. Record, p.107)
uns pedacinhos de si (Erica Jong)
“- E que diabo você sabe a esse respeito?
- Eu sei que li um pouco de seu trabalho e que você dá uns pedacinhos de si, nesse trabalho. Se não tomar cuidado, vai tornar-se um fetiche para todos os tipos de criaturas frustradas. Todos os birutas do mundo vão cair em sua rede.
- Isso já aconteceu, em certa medida. Meus poemas são um terreno ditoso para as mentes que perderam o equilíbrio – eu estava plagiando e copiando Joyce, mas Adrian não saberia, em seu analfabetismo.”
(Erica Jong in: Medo de voar. Ed. Best Books, p. 151)
A agitação de possuir que revezava com a agitação de não possuir
Smultronstället (Bergman) |
“Ainda assim, eu nunca me sentia tranquilo com ela… (…) A agitação de possuir Consuela – que revezava com a agitação de não possuir Consuela... (...) Por mais atormentado que eu estivesse com ela, fiquei cem vezes mais atormentado por tê-la perdido. Foi um período terrível, que não terminava nunca.”
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 79)
segunda-feira, 28 de março de 2011
pois em amor acontece que as contribuições imaginárias de nós mesmos suplantam aquelas que nos vêm da criatura amada
"Desde que vira Albertine, fazia todos os dias mil reflexões a seu respeito, mantinha com o que eu chamava Albertine todo um colóquio interior, em que lhe inspirava perguntas e respostas, pensamentos e ações e, na série indefinida de Albertines imaginadas que se sucediam em meu espírito de hora a hora, a Albertine de verdade, a que vi na praia, só figurava à frente como a criadora de um papel, a estrela, só aparece nas primeiras de uma longa série de apresentações. Essa Albertine quase se reduzia a uma silhueta; tudo o que lhe sobrepunha era da minha invenção, pois em amor acontece que as contribuições imaginárias de nós mesmos suplantam - ainda que apenas do ponto de vista de quantidade - aquelas que nos vêm da criatura amada. E isso é certo no tocante aos amores mais efetivos."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 512-513)
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 512-513)
Mas é longa a distância que separa a compreensão da aceitação
“Eu compreendo”. E eu também – de certa maneira. Mas é longa a distância que separa a compreensão da aceitação. E eu nem sequer dei início à jornada.”
(Josephine Hart in: Pecado. Ed. Círculo do Livro, p.133)
Fé, corpo e alma - Adele H.
Apenas esta? A passagem do viajante?
"E Se não houver outro modo?
E SE a passagem que podemos fazer um pela vida do outro for esta? Apenas esta? A passagem do viajante?
E SE eu continuar a desenhar você obsessivamente, como fiz durante um ano, pelos próximos dez ou vinte ou trinta?
E SE os nossos encontros não vierem com o rótulo da família, do cartório, da aliança, da hora do jantar, do jornal à porta pela manhã, das compras de supermercado, dos chinelos ao pé da cama, da tábua do vaso do banheiro, das escovas de dente, da biblioteca e da discoteca, dos recados presos na geladeira, das xícaras de café sobre a pia com um círculo preto ao fundo, da toalha de banho habitual, do lugar habitual à mesa, da marca preferida de xampu, da secretária eletrônica, da regulagem da torradeira e do retrovisor do carro, das contas ao final do mês, dos amigos em comum?
E SE for preciso assumir a fragilidade de nós mesmos na fragilidade daquilo que somos? Viajantes?"
(Adriana Lisboa in: Rakushisha. Ed. Rocco, p. 121-122)
E SE a passagem que podemos fazer um pela vida do outro for esta? Apenas esta? A passagem do viajante?
E SE eu continuar a desenhar você obsessivamente, como fiz durante um ano, pelos próximos dez ou vinte ou trinta?
E SE os nossos encontros não vierem com o rótulo da família, do cartório, da aliança, da hora do jantar, do jornal à porta pela manhã, das compras de supermercado, dos chinelos ao pé da cama, da tábua do vaso do banheiro, das escovas de dente, da biblioteca e da discoteca, dos recados presos na geladeira, das xícaras de café sobre a pia com um círculo preto ao fundo, da toalha de banho habitual, do lugar habitual à mesa, da marca preferida de xampu, da secretária eletrônica, da regulagem da torradeira e do retrovisor do carro, das contas ao final do mês, dos amigos em comum?
E SE for preciso assumir a fragilidade de nós mesmos na fragilidade daquilo que somos? Viajantes?"
(Adriana Lisboa in: Rakushisha. Ed. Rocco, p. 121-122)
domingo, 27 de março de 2011
Exposição: Fernando Pessoa, plural como o universo
Exposição: Fernando Pessoa, plural como o universo
Período: 25/03/2011 até 22/5/2011
Visitação: de terça a domingo, das 12h às 19h (entrada franca)
Local: CENTRO CULTURAL CORREIOS: Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro
Rio de Janeiro/RJ – Tel.: (21) 2253-1580
Fonte: Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro
Curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico assinado por Helio Eichbauer. Realização da Fundação Roberto Marinho.
sem dúvida você tentou
"Eu sei. Estou falando de rejeição clara", disse ela. "Isso eu não tenho estrutura para aguentar." "Ninguém tem", disse eu, mas meu argumento não adiantou muito. "Eu já tentei e tentei", prosseguiu ela, quase chorando, "não é David? Dezenove encontros?" "Meu Deus", concordei, "sem dúvida você tentou."
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 92)
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 92)
não se acha tesouro à toa - Clarice L.
“Eu bem quis lhe avisar que não se acha tesouro à toa. Mas olhando-o, desanimei: faltava-me a coragem de desiludí-lo.”
(Clarice Lispector. Conto: Os desastres de Sofia)
sábado, 26 de março de 2011
- Sempre as mesmas piadas sobre os analistas (Hitchcock)
Como surpreender o segredo do desaparecimento das coisas? (Jean Genet)
"Tudo, mesmo, poderia ter desaparecido. Seria verdade que os filósofos duvidassem da existência das coisas que estão atrás deles? Como surpreender o segredo do desaparecimento das coisas? Virando-se muito rápido? Não. Mais rápido? Ainda mais rápido? Tentei um olhar atrás de mim. Espiei. Virei o olhar e a cabeça, pronto para... Não, era inútil. As coisas jamais se enganam. Seria necessário virar sobre si mesmo com a rapidez de uma hélice de avião. Perceber-se-ia, então, que as coisas desaparecem e, com elas, a própria pessoa. Parei de brincar. Com o coração pesado, virei-me."
(Jean Genet in: Pompas fúnebres. Ed. Nova Fronteira, p. 45-46)
(Jean Genet in: Pompas fúnebres. Ed. Nova Fronteira, p. 45-46)
no entanto uma lembrança é uma coisa que você não tem
que derrete a pessoa (Philip Roth)
sexta-feira, 25 de março de 2011
desejo doloroso, porque o sentia irrealizável, mas embriagador
"E era por conseguinte toda a sua vida que me inspirava desejo; desejo doloroso, porque o sentia irrealizável, mas embriagador, porque, tendo aquilo que até então fora a minha vida subitamente deixado de ser a minha vida total, não sendo mais que uma pequena parte do espaço estendido à minha frente que eu ardia por transpor, e que era constituído da vida (...) oferecia-me esse prolongamento, essa multiplicação possível de si mesmo, que é a felicidade."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 443)
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 443)
quinta-feira, 24 de março de 2011
Você não consegue ter o que você quer mesmo depois de obter o que você quer
Elegy |
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 38-39)
Virginia Woolf - e a leitura
às vezes parecem farpas
"(...) Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas..."
(Clarice Lispector in: "Deus" (crônica). Jornal do Brasil, 10 fev. 1958)
(Clarice Lispector in: "Deus" (crônica). Jornal do Brasil, 10 fev. 1958)
sintomas daquela doença, algumas vezes fatal, chamada amor
“Irei vê-lo de novo amanhã – e estou aterrorizada e empolgada. Sem fome, sem sono, agitada – todos os sintomas daquela doença, algumas vezes fatal, chamada amor.”
(Erica Jong in: Memória inventada. Ed. Record, p. 148)
quarta-feira, 23 de março de 2011
também a maneira como nos vingamos da morte (Philip Roth)
"Porque é só quando você fode que tudo aquilo de que você não gosta na vida, tudo aquilo que derrota você na vida, é vingado da maneira mais pura, ainda que efêmera. É só nesse momento que você está vivo de modo mais limpo, que você é você mesmo do modo mais limpo. Não é o sexo que é corrupção - é o resto. Sexo não é só atrito e diversão superficial. É também a maneira como nos vingamos da morte."
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 61-62)
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 61-62)
Clarice Lispector: "Despertava o desejo (...) de protegê-la da desgraça"
"Era delicada e imprevisível. Despertava o desejo de cobiçá-la, de protegê-la da desgraça. Clarice era muito sensível, de uma sensibilidade à flor da pele, mas tinha uma grande segurança de si mesma. Quando menos era de se esperar, mudava de atitude e impunha seu próprio ritmo de vida."
(Olga Borelli in: Clarice Lispector. Ed. Nova Fronteira, p. 40)
(Olga Borelli in: Clarice Lispector. Ed. Nova Fronteira, p. 40)
delicada, perigosa e cruel
The Classroom |
(Ítalo Ogliari in: A volta. Editora 7 Letras, p. 21)
Seria isso?
“Ser não é permitir que a vida nos atravesse e agite?”
(José Castello in: Ribamar. Ed. Bertrand Brasil, p. 66)
terça-feira, 22 de março de 2011
cheio da perturbação da sua ausência (M. Duras)
"Você tornou a ir embora depois de muitos dias, então, também, durante muitos dias depois disso, a cidade ficou mais escura e o quarto abandonado, cheio da perturbação da sua ausência, como que perfurado por esse golpe desferido contra sua solidão de sempre."
(Marguerite Duras in: O verão de 80. Ed. Record, p. 85)
esperando alguma coisa, um aceno, uma carta, um sinal, alguém que chamasse o seu nome
“Chegava em casa e quase não falava, esgueirava-se, imperceptível, a qualquer instante, como se temesse ser desmascarada. Fechada em seu quarto no final do corredor, como se esperasse que lá, em algum momento, alguma coisa aconteceria. Camilla parecia estar constantemente esperando alguma coisa, um aceno, uma carta, um sinal, alguém que chamasse o seu nome, Camilla.”
(Carola Saavedra in: Toda terça. P. 87, Ed. Companhia das Letras)
Das vulnerabilidades - Philip Roth
o cálculo das probabilidades, como já havia escrito Manuel num poema, era uma pilhéria
além disso, aquilo
aos poucos
segunda-feira, 21 de março de 2011
Sobre: ciúmes (Chico Buarque)
"Com o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de sua origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortês, deve ser logo oferecido à mulher como uma rosa. Senão, no instante seguinte ele se fecha em repolho, e dentro dele todo o mal fermenta. O ciúme é então a espécie mais introvertida das invejas, e mordendo-se todo, põe nos outros a culpa da sua feiura. Sabendo-se desprezível, apresenta-se com nomes suspostos, e como exemplo cito a minha pobre avó, que conhecia seu ciúme como reumatismo."
(Chico Buarque in: Leite derramado)
Ouça
instantes (Lúcio Cardoso)
“(...) eu me sinto esfacelar de instante em instante.”
(Lúcio Cardoso in: A luz no subsolo. Ed. Brasiliense, p. 216)
estilhaço emocional
"Todo mundo tentando evitar a palavra ou gesto que poderá levar a alguma explosão de tristeza. Uma explosão que fere os espectadores; por isso a temem tanto. As lágrimas dos outros são uma espécie de estilhaço emocional, que pode deixar cicatrizes."
(Josephine Hart in: Abandono. Ed. Record, p. 49)
(Josephine Hart in: Abandono. Ed. Record, p. 49)
Um pedido aos blogs amigos
Blogueiros estimados,
Percebo que nos blogs favoritos de alguns de vocês, ainda consta o nome antigo do meu blog (Meu divã é na cozinha). Quem acompanha há tempos, sabe que a proposta mudou, e o nome não combina mais. Será que vocês poderiam fazer a gentileza de mudar para o nome atual, "Vem cá Luísa"?
Obrigada!
Com o afeto de sempre,
Vanessa
Percebo que nos blogs favoritos de alguns de vocês, ainda consta o nome antigo do meu blog (Meu divã é na cozinha). Quem acompanha há tempos, sabe que a proposta mudou, e o nome não combina mais. Será que vocês poderiam fazer a gentileza de mudar para o nome atual, "Vem cá Luísa"?
Obrigada!
Com o afeto de sempre,
Vanessa
Dos acessos (Proust)
"Mas não se queixe muito, não digo que esses acessos de tristeza não sejam dolorosos; bem sei que há coisas que os outros não compreendem e que muito nos fazem sofrer."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 499)
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 499)
# 13 sorteio de livros no blog (Marguerite Duras)
Queridos leitores,
Mais um sorteio de livros! Desta vez (um dos dez melhores que já li em quase três décadas):
Obra: O amante
Autora: Marguerite Duras
O livro será sorteado em outro aniversário (o meu): no dia 14 de abril.
Mesmo método de sempre para concorrer:
*Colocar nome completo, e-mail, morar no Brasil e ser seguidor do "Vem cá Luísa, me dá tua mão".
Um fragmento do livro:
Um fragmento do livro:
“Ela é esguia, alta, desenhada a nanquim, uma pintura.”
(Marguerite Duras in: O amante, p. 56)
Seus olhos e seus olhares
"Os olhos, por enquanto, são a porta do engano; duvide deles, dos seus, não de mim."
(Guimarães Rosa in: O Espelho)
(Guimarães Rosa in: O Espelho)
domingo, 20 de março de 2011
Aniversário de dois anos do blog!
Sex and the city |
não consigo responder todos os comentários, diariamente. Por isso, aqueles que tiverem algo a perguntar sobre os post´s (livros, filmes e afins) mandem um e-mail. Eu respondo, ainda que possa levar um tempinho. A vida corre veloz por aqui, e eu me perco no meio dos comentários, que costumam ser muitos (oba!!!).
Obrigada a todos que passam por aqui!
Com afeto,
Vanessa
***
"Quando eu tinha um carro e dirigia, vivia me perdendo. Nunca sabia onde ir e aonde chegar. Sou desorientada na vida, na arte, no tempo e no espaço."
(Clarice Lispector in: Brasília: esplendor - crônica)
Resultado do sorteio de livros (do aniversário do blog)
Quem levou Luísa (Quase uma história de amor) da Maria Adelaide Amaral foi:
ítalo puccini
italopuccini@yahoo.com.br
Já Medo de Voar, da Erica Jong:
Paulo Becare Henrique
paulobecarepsi@gmail.com
Ambos serão avisados por e-mail!
Boa leitura!
ítalo puccini
italopuccini@yahoo.com.br
Já Medo de Voar, da Erica Jong:
Paulo Becare Henrique
paulobecarepsi@gmail.com
Ambos serão avisados por e-mail!
Boa leitura!
Marcadores:
Erica Jong,
Maria Adelaide Amaral,
promoção
sábado, 19 de março de 2011
Qual o pior presente que você já ganhou?
Amanhã este blog faz dois anos.
Falando hoje com uma pessoa essencial-na-minha-vida, contei a respeito de dois presentes-trauma que ganhei - são muitos, na verdade, poderia escrever um livro sobre o tema.
O pior deles foi esse:
Amigo oculto de 1987, da escola. Ricardo Berthi (nunca esquecerei deste nome) me deu um frasco de... Shampoo Seda para Cabelos Oleosos. Na hora pensei que fosse chiste... Não era. A realidade é mais surreal que a ficção, sempre. Na mesma ocasião, presenteei uma menina chamada Débora com uma tiara de veludo azul marinho e flores de seda.
É uma boa alegoria para minha vida e muitos dos presentes que já recebi: (não, me me digam que o que vale é a intenção. Mesmo uma criança de seis anos percebe o que é um "presente" escolhido (?) de qualquer jeito e algo que a pessoa planejou-pensou) costumo presentear com tiaras de veludo e flores e ganho vidros de shampoo (que nem servem para meu tipo de cabelo).
E vocês, caros leitores? Qual o pior presente que já receberam?
Falando hoje com uma pessoa essencial-na-minha-vida, contei a respeito de dois presentes-trauma que ganhei - são muitos, na verdade, poderia escrever um livro sobre o tema.
O pior deles foi esse:
Amigo oculto de 1987, da escola. Ricardo Berthi (nunca esquecerei deste nome) me deu um frasco de... Shampoo Seda para Cabelos Oleosos. Na hora pensei que fosse chiste... Não era. A realidade é mais surreal que a ficção, sempre. Na mesma ocasião, presenteei uma menina chamada Débora com uma tiara de veludo azul marinho e flores de seda.
É uma boa alegoria para minha vida e muitos dos presentes que já recebi: (não, me me digam que o que vale é a intenção. Mesmo uma criança de seis anos percebe o que é um "presente" escolhido (?) de qualquer jeito e algo que a pessoa planejou-pensou) costumo presentear com tiaras de veludo e flores e ganho vidros de shampoo (que nem servem para meu tipo de cabelo).
E vocês, caros leitores? Qual o pior presente que já receberam?
A hora mais importante é agora
“(...) É a história de um czar que promete uma grande recompensa a quem lhe responder três perguntas. Como saber a hora certa de cada coisa? Como saber quais são as pessoas mais necessárias? Como não se enganar ao julgar, entre todas as coisas, qual a mais importante? Ninguém lhe dá respostas convincentes. (...) “A hora mais importante é agora”, o eremita resume. O homem mais importante é aquele com quem estamos no momento. A coisa mais importante a fazer é a coisa que o momento nos pede – e não pensar sobre isso.”
Mas tenho muito tempo/ Temos todo o tempo do mundo...
" - Isso certamente vai acontecer um dia - conjeturou Suzanne.
- Daqui quinhentos anos - disse Joseph -, mas nós temos tempo..."
(Marguerite Duras in: Barragem contra o Pacífico. Ed. ARX, p. 57)
quinta-feira, 17 de março de 2011
A culpa é do inconsciente!
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