
"A coisa não deu certo, claro. Emediato ficou constrangido, Caio decepcionado. Sua mania de se apaixonar por homens obviamente heterossexuais talvez fosse uma forma de defesa, de auto-sabotagem, de garantir desde o começo que não daria certo, para que assim sua liberdade e individualidade fossem mantidas intactas. Ah, e é claro: sofrendo bastante, vivendo e sangrando e amando, Caio teria vivência para escrever. Teria assunto. O mito do artista sofredor parecia calar fundo no coração do escritor".
(Caio Fernando Abreu - inventário de um escritor irremediável, Jeanne Callegari, pgs. 83-84)
Desejar o impossível é uma forma, intrincada, de não desejar.
ResponderExcluirA propósito do tema, há um livro chamado O ciclo da auto-sabotagem, de Stanley Rosner e Patrícia Hermes.
Ahhh entendo bem dessas coisas de sabotagem ou como digo "boicote" faço isso constantemente comigo mesma...
ResponderExcluirtenho uma bela e aconchegante concha sempre a me esperar...mas, na verdade, minha alma gosta de sorrir...
ResponderExcluirDesejo é desejo de desejo...
ResponderExcluirMe fez lembrar um fragmento de Miller...
ResponderExcluirbeijos
Análise na veia. Os (des)caminhos curiosos q traçamos...
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