terça-feira, 15 de junho de 2010

Seus personagens se apavoram, surtam, adoecem, afundam, destroem-se.


"Os relatos de Caio Fernando Abreu tratam da desilusão, do desespero, do medo, da asfixia, da impotência. Seus personagens se apavoram, surtam, adoecem, afundam, destroem-se. No entanto, Caio nos leva a ver - e como isso é doloroso, mas sábio! - que é apenas isso o que temos. Viver é sofrer da vida. Mas é também, como na literatura de Caio Fernando Abreu, revirar esse sofrimento e dele tirar a grandeza de existir".

(José Castello no prefácio de Pedras de Calcutá, Caio Fernando Abreu)

Imagem de Imre Amos, Weeping Angel.

9 comentários:

  1. Concordo plenamente, e com nossas vivencias que aprendemos...

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  2. As pequenas e grandes dores, as pedras que se interpõem em nossos caminhos, as perdas que suscitam reavaliações constantes, as pétalas de sonhos que não conseguimos devolver a eles, mas eles subsistem, ainda que amputados, inteiros em suas frações.
    Abraço!!

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  3. As vezes me pergunto quando é que vou receber a minha parcela de sofrimento na vida ...
    Enquanto isso, continuo imaturo.

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  4. Quão expressivo é esse quadro! Desesperante!
    Bjo
    http://futilidadesqueamamos.blogspot.com/

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  5. Diz a Clarice que gostar de viver dói. Lindo, né?!

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  6. Os assuntos tratados são sempre deprê né! Mas tem que encarar...

    bjs

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  7. O quadro diz tanta coisa que dói só de olhar.
    Beijos.

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  8. Bom pra mim esse Caio ai reencarnou Edward Much. Esse quadro retrata os mesmos sentimentos de Edward na Obra O Grito...
    A expressão da realidade arrepia todos queenxergam.
    Lindoooooo

    PS.

    Por favor, preciso que visite meu blog e escreva algo para a 'Balerina'
    Vou te add no MSN Ok.. Beijoss e Parabéns!

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  9. "Desilusão, desespero, medo, asfixia, impotência". Só resta isso, ao final (e afinal). Li há uns dias, do ator Paulo José, a respeito do mal de Parkinson q o acomete há anos: "Desde que nascemos sofremos de uma doença irreversível, progressiva e degenerativa: a própria vida". Achei forte e verdadeiro, como seu texto, como a imagem que escolheste para ilustrá-lo.

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