terça-feira, 22 de junho de 2010
ao pensar que afinal acabara sobrevivendo a si mesma
"Um dia, o esquecimento. Um dia, o futuro.
Um dia, a morte. Clarice sentiu mais uma vez com as pontas dos polegares as duas cicatrizes gêmeas, uma em cada punho. E sorriu um sorriso voluntário e triste, um sorriso sem mistérios, ao pensar que afinal acabara sobrevivendo a si mesma".
(Sinfonia em Branco, Adriana Lisboa, Ed. Rocco, p. 23)
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Sobreviver a si é um importante reconhecimento das bordas que limitam nosso alcance; muitas vezes, intangíveis e/ou invisíveis.
ResponderExcluirNão é nada fácil resgatar-se das tormentas, tsunamis e tornados, que retornam, a qualquer momento, entornados na alma.
ResponderExcluirBonito excerto :)
ResponderExcluirE como é difícil chegar a essa conclusão!
ResponderExcluirVou ter que procurar algo de Adriana Lisboa
ResponderExcluirauto-gestão... ou o inimigo habita dentro de nós...
ResponderExcluirAcho que essa e a coisa mais dificil...sobreviver a nos mesmos...pois geralmente somos extremamente crueis e criticos, quando se trata de nos mesmos...
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