Lá na Estação das Letras - fragmentos.
"Não tenho um método racional para escrever."
"Pensei que só a literatura salvasse. E não salva nada! Acho que se eu tivesse feito outra coisa, estaria mais salva."
"Tenho essa coisa um pouco caótica no momento da escrita. O momento da reescrita eu encaro como um trabalho menos livre."
"A grande contradição da literatura é que a gente mente para contar a verdade."
"Você pode pegar contos e romances que tenham defeitos, mas que sejam verdadeiros, não no sentido factual."
"Quis trabalhar com os vazios da memória. A memória enquanto ficção." (Sobre o romance "A chave da casa").
"Ter verdade e sentimento é mais importante do que ser redondo e perfeito". (Sobre a estrutura da escrita).
"Sempre faço isso. Começo com início, meio e fim na terceira pessoa. Depois eu bagunço tudo."
"Para mim é mais importante escrever do que contar uma história."
"Gosto sim de um fio narrativo, mas dentro disso me interessam alguns momentos."
"Quando decidi que ia ser escritora... aprendi na porrada. Todos os dias eu me digo: vou ter que escrever alguma coisa. O fato de escrever o tempo todo fará com que a inspiração chegue quando eu estiver trabalhando." (Referência a uma frase de Picasso).
"A palavra foi feita para dizer."
"A literatura é a única arte que virou disciplina nas escolas."
"Pode-se ser um ótimo escritor sem saber muito de teoria literária."
"Na literatura se aprende lendo."
"Faço literatura porque preciso e gosto. Não faço por nenhuma questão maior do que essa."
"A literatura é sempre uma forma de resistência. Ler também. Ambas te obrigam a estar sozinho."
"Gosto mais dos capítulos pequenos. Frases que tem que suscitar mais do que elas mesmas." (Sobre o romance "A chave da casa").
"Minha obsessão é dizer o máximo possível com o mínimo de palavras."
"O tempo da escrita é um processo interior. O escritor escreve o tempo todo, mesmo quando não está escrevendo. Quando caminho, escrevo muito."
"Quando eu escrevo, tudo o que vivi, passei, está alí naquele momento."
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"A literatura é sempre uma forma de resistência. Ler também. Ambas te obrigam a estar sozinho."
ResponderExcluirTodas os ditos são muito especiais, nos ensinamm muito sobre o próprio exercício de escrever bem como questina o ensino da Literatura.
ResponderExcluirA mim assemelha o fato de ¨Quando caminho, escrevo muito."
Obrigada por compartilhar. Excelente!
ResponderExcluirSensacional tudo nesse blog!!! e eu que não sou boba, vou acompanhando!!! Grande beijooo!!!
ResponderExcluirEssa mulher é solteira?
ResponderExcluirEssa mulher é meio eu. Ou eu sou meio esta mulher. Me encontrei em idéias.
ResponderExcluirSempre bom ler-te. Beijos.
Van, deve ter sido uma tarde e tanto! Coisa boa ouvir gente inteligente falar!
ResponderExcluirTenho essa coisa um pouco caótica no momento da escrita. O momento da reescrita eu encaro como um trabalho menos livre [2]
É isso mesmo!
Beijos!
"A grande contradição da literatura é que a gente mente para contar a verdade."
ResponderExcluire quantas vezes a verdade não se copnstrói sobre o manto da mentira? (uma mentira repetida torna-se verdade).
"Pensei que só a literatura salvasse. E não salva nada!"
imagina, pois, como estaríamos se não houvesse literatura...
beijos!
deve ter sido uma tarde e tanto!
ResponderExcluirconcordo com a Tatiana; a literatura não salva e o "caderninho terapêutico" não passa de um recurso de estilo. mas dá algum alento...
bj
Puxa Vanessa! Que bacana!!
ResponderExcluirObrigada por compartilhar, identifiquei muito.
Mais uma pra minha lista.
ResponderExcluir"A Chave da Casa" é um dos melhores livros de literatura contemporânea que li nos últimos tempos. A Tatiana é talentosíssima! E você também, Vanessa. Parabéns!
ResponderExcluirhttp://www.pecadoenaomorder.blogspot.com