quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
- Por que eu iria embora? Desculpei-me. Mas o horror, nada posso contra ele...
“E eis que a ideia de sua ausência tornou-se insuportável para mim. Contei-lhe a ideia-tortura que me vinha. Ela, por sua vez, não sentia nada parecido, estava surpresa. Não compreendia.
- Por que eu iria embora?
Desculpei-me. Mas o horror, nada posso contra ele, aí está. Reconheço a ausência, sua ausência de ontem, ela me faz falta a todo momento, já.”
(O deslumbramento, Marguerite Duras. Ed. Nova Fronteira, p. 102)
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Bela Passagem!
ResponderExcluirTenha uma ótima quarta-feira!
Sempre uma forma bem única de se relatar flashes do dia-a-dia.
ResponderExcluirGosto muito.
Rápido, porém intenso.
Abraços
nunca soube me despedir.
ResponderExcluirbeijo, nega!
Vivo muito de ausências e ando aprendendo a viver mais de presenças...
ResponderExcluirSentir falta da falta é o melhor dos masoquismos.
ResponderExcluirO horror e a beleza.
ResponderExcluira sensação de perda reenvia para a da saciação de outrora, verdade?
ResponderExcluirter tido e haver perdido ou apenas a sensação de que se teve e se perdeu?...
[nunca fui grande coisa a resolver enigmas]
lindo esse texto..amei..bjs..lindo por aqui
ResponderExcluir"apenas a sensação de que [NEM] se teve e [JÁ] se perdeu"...
ResponderExcluirAusência da presença ou presença da ausência?
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