sábado, 22 de janeiro de 2011
Escrever no prazer me assegura o prazer de meu leitor? De modo algum. (Barthes)
Imagem: Heng Swee Lim
“Se leio com prazer essa frase, essa história ou essa palavra, é porque foram escritas no prazer (esse prazer não está em contradição com as queixas do escritor). Mas e o contrário? Escrever no prazer me assegura – a mim, escritor – o prazer de meu leitor? De modo algum. Esse leitor, é mister que eu o procure (que eu o “drague”), sem saber onde ele está. Um espaço de fruição fica então criado. Não é a “pessoa” do outro que me é necessária, é o espaço: a possibilidade de uma dialética do desejo, de uma imprevisão do desfrute: que os dados não estejam lançados, que haja um jogo.”
(Roland Barthes in: O prazer do texto. Ed. Perspectiva, p. 9)
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O espaço, sendo necessário, é "um meio para", sendo que o objectivo final é sempre chegar ao leitor.
ResponderExcluirBeijo :)
O bom de ser poeta é não ter que escrever para o prazer do outro, para o outro, pois é o próprio Outro quem escreve, na medida do possível revelando tudo aquilo que todos os outros sempre quiseram revelar mas de alguma forma não o puderam fazer.
ResponderExcluirescrever e ler... ler e escerver.. puro parzer! sempre..
ResponderExcluirbeijos querida..
E como isso é verdade. Escrevemos para nós... a coincidência do outro gostar é apenas mero destino.
ResponderExcluirBeijo, querida.
fui completamente "dragada"!
ResponderExcluirMuito bom!
beijo da Marisa
Beleza de blog, Vanessa. Passarei a acompanhá-lo agora.
ResponderExcluirBom final de semana!
Adorei a indicação!
ResponderExcluirAnotada!!
Um espaço a...
ResponderExcluir" No fim da página, sou eu o eco." André Carneiro
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