“Essa sua dor de cabeça é meio estranha, não? É psicológica?
Depois de todas as operações que fiz, tenho a impressão de que é psicológica. A cada quatro horas tomo uma aspirina. Sou um sujeito muito tenso, à espera de uma notícia desagradável a todo momento. Sou um sujeito dividido, em tensão permanente, em luta constante entre a sensibilidade e a inteligência, entre todas as coisas.”
(Edla van Steen in: Viver & Escrever vol. 2. Depoimento de João Cabral de Melo Neto. Ed. L&M Pocket, p. 21)
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segundo vinicius o joao cabral era um poeta completo!
ResponderExcluirO budismo tem uma metáfora simples, porém bem interessante. Somos - ou deveríamos ser - como a corda de um instrumento: frouxa demais, não produz boa música; tensa demais, arrebenta.
ResponderExcluirMas eu pergunto: quem tem o segredo deste ponto ideal?
Faz parte da escrita, como ele mesmo diz viver e escrever... Dores estranhas, bem iluminadas!
ResponderExcluirSeria dor de cabeça mesmo? Ou a parte de mais um segredo? Tudo gira desculpas!
"Sou um sujeito muito tenso, à espera de uma notícia desagradável a todo momento..."
ResponderExcluirDisse tudo!
Grande poeta!
Sense and sensibility... e vamos para lá e para cá... Dá-lhe aspirina! rs
ResponderExcluirBeijos!
Quem não traz a sensibiliade poética na alma, no sangue, não consegue entender o campo de batalha que é o nosso íntimo. E assim, julgar se torna fácil.
ResponderExcluirÉ um choque tão grande a junção das belezas que temos aqui dentro com as mazelas que o mundo apresenta.
Enfim...
Ah, eu já incorporei João Cabral... rsrssr... Contei o episódio lá no Divã (O Dia Em Que O Poeta Baixou Em Mim).
Beijos,
Cinthya
Uma interessante descrição da esquizofrenia.
ResponderExcluirgostei muito do casamento citação, autor e imagem.
ResponderExcluirbjs
Não acredito em dor psicológica. E de dor eu entendo! Dor quando dói, dói mesmo. E quando não está doendo, gera o pânico da espera. Quando vai doer? Já está na hora do comprimido?É, Seu Cabral, inteligência e sensibilidade só complicam as coisas...Despertam a fera!
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