sábado, 23 de abril de 2011

Essa esperança a tinha desgastado (M. Duras)


Tinha amado desmesuradamente a vida, e fora sua esperança incansável, incurável, que fizera dela o que se tornara, uma desesperada da própria esperança. Essa esperança a tinha desgastado, destruído, esvaziado a tal ponto que seu sono, que a repousava dela, e até mesmo a morte, pareciam que já não podiam ultrapassá-la.”

(Marguerite Duras in: Barragem contra o pacífico. Ed. ARX, p. 137)

9 comentários:

  1. Nossa... que profundo: "essa esperança a tinha desgastado..." pior que isso acontece com tanta frequência...

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  2. ''(..) uma desesperada da própria esperança.'' Lindíssima frase.

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  3. Tem gente assim...Que não enxerga a realidade, que vive de sonho, sempre esperançando. Isso é bom? Não sei...

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  4. E são por vezes assim as esperanças... traiçoeiras...

    Boa Páscoa pra vc!

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  5. Sem palavras. Muito forte e lindo
    Um grande bj querida amiga

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  6. Esperança quando se desgasta é uma coisa medonha...
    Mas entre a vida e a morte está o Amor
    vidAMORte...
    e isso é o mais importante, nem a partida, nem a chegada, mas o caminho

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  7. Muito prazer, e foi muito meu, pois encontrar um doce saber como voce é tudo que esta Esfera Blogueira precisa, encontrei voce numa amiga em comum, e tenha um lindo domingo, beijos !!!

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  8. A esperança é a última que morre. Se morreu é porque acabou. Bjs Cynthia.

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  9. Me sinto assim agora.

    Enfim, saudades do mundo dos blogs. Bom *te rever*

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