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| Janet Hill |
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"Eu lia esboços biográficos dos escritores e achava que os conhecia. É singular como se pode ter uma relação íntima com alguém que nunca conhecemos pessoalmente - e como nossas impressões podem mostrar-se erradas. Mais tarde, quando voltei a Nova York e comecei a publicar poemas, conheci alguns desses nomes mágicos.
Em geral eram inteiramente diferentes do que eu imaginara. Grandes cérebros, quando escreviam, revelavam-se imbecis, pessoalmente. Autores de poemas sombrios sobre a morte mostravam-se calorosos e engraçados. Autores encantadores sabiam transformar-se em criaturas inteiramente sem graça. Escritores generosos, de coração aberto e altruístas, talvez se mostrassem mesquinhos, afobados, exigentes e invejosos... Não que houvesse qualquer regra absoluta a reger tal assunto, mas em geral surgiam algumas surpresas. Tratava-se de questão das mais perigosas, a de avaliar o caráter do escritor pelo que ele escrevia."
(Erica Jong in: Medo de voar. Ed. Best Books, p. 127)
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Muito interessate. Até tinha falado sobre algo parecido em um comentário no meu blog. Na maioria das vezes escrevemos o que nem sentimos, e sim o que enxergamos no mundo. E o colocamos sobre pontos negativos ou positivos, mas não é necessário ninguém acreditar que nossa personalidade está inserida nos nossos escritos. Tudo o que parece costuma não ser, as aparências enganam. Rs.
ResponderExcluirQuerida amiga
ResponderExcluirÉ verdade.
As vezes imaginamos
que pessoas e palavras
sejam parecidos...
Que haja em ti sempre sonhos
por sonhar.
Nossa amei essa passagem. Acho que tem tudo haver.Claro que um escritor não pode se separar bruscamente de suas produções, mas... não é regra.
ResponderExcluirMuitas vezes me deparo com pessoas me dando conselhos quando escrevo coisas de coração partido pois acham que tais coisas são vivenciadas por mim. No entanto, quase tudo o que escrevo é baseado em observações... Muitas pessoas me julgam algo pelo que escrevo...