sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

sei não...

Edie Sedgwick

"Não sei se é o sol, a felicidade, o guinchar das gaivotas, o sal que aos bocados se arraiga à minha pele, mas eu queria me desintegrar, diluir no barco, nas águas, na paisagem. Queria não ter forma, não ter história, nem memória. Será que o passado do mar o torna, hoje, outro mar? Ou seremos nós os únicos seres aprisionados pelo que foi?"

(Tatiana Salem Levy in: Dois rios. Ed. Record, p. 110) 

9 comentários:

  1. Olá srta Vanessa

    Uau! .."Magnífico" !

    Venho agradecê-la por vossa honrosa
    presença por meu "Silêncio" . Volte Sempre!

    BOAS FESTAS
    e um FELIZ ANO NOVO!

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  2. Que o recomeço vire mar. E que a água desse mar me banhe, levando todas as impurezas que hoje chamo de passado. Bom pedido de natal tia.

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  3. Toda a Biologia é feita de memória celular; O que nos torna mais dramáticos, infelizes, é a capacidade de dar sentido, de criar símbolos mortais, de sofrimento; a memória dos animais ainda é mais feliz; Pois ainda é um anel ácido inócuo de palavras.

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  4. esse entrou na lista de leitura do próximo ano (:

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  5. Feliz Natal e bom ano novo..bjs.

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  6. Essa passagem é taoísmo puro. Na contemplação da natureza, o contemplador se dissolve na paisagem, como flocos de neve, para ressurgir em um outro quadro.

    O que prende a nós, ocidentais, desse fluir-evanescer-voltar são os recalques de nossas memórias. A psicanálise veio para nos ajudar nesse caminho.

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  7. Não sei se somos os únicos aprisionados, mas talvez os que têm consciência disso.

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