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Un amour de Swann |
"Esqueci as palavras para dizer-lhe. Eu as sabia, e as esqueci, e lhe falo no esquecimento dessas palavras. (...) Gostaria muito de encontrar as palavras que reservei para lhe dizer isso. E eis que algumas me voltam. Eu queria lhe dizer o que acho, é que devia se guardar sempre na consciência, pronto, encontro a palavra, um lugar, uma espécie de lugar pessoal, é isso, para estar só e para amar. Para amar não se sabe o quê, nem quem nem como, nem por quanto tempo.
Para amar, eis que de repente todas as palavras me voltam... para guardar em si o lugar de uma espera, nunca se sabe, da espera de um amor, de um amor talvez ainda sem ninguém, mas disto e apenas disto, o amor. Eu queria lhe dizer que você era essa espera. Você e apenas você se tornou a face exterior da minha vida, aquela que nunca vejo, e permanecerá como esse desconhecido de mim em que se tornou..."
(Marguerite Duras in: Emily L. Ed. Nova Fronteira, p. 93-94)
muitas vezes as palavras faltam e nessas horas podemos substitui-las por um beijo...
ResponderExcluiràs vezes sobram, às vezes faltam as palavras - as necessárias então fogem
ResponderExcluirbeijo
as palavras faltam quando elas mais deviam ser ditas. ;*
ResponderExcluir''Para amar não se sabe o quê, nem quem nem como, nem por quanto tempo.'' numa palavra, GENIAL. Amo a imagética dessa mulher M.D...
ResponderExcluirum abraço
Nossa...lindo. Ironicamente - ou não - as palavras me faltam nesse momento.
ResponderExcluirConfuso e ainda assim lindo. ... que graça teria se fizesse todo o sentido na primeira leitura, afinal?
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