“Sou contra porque isso é paixão, é amor. A única obsessão que todo mundo quer ter; o ‘amor’. As pessoas pensam que quando elas se apaixonam se completam? A união platônica das almas? Pois eu não concordo. Eu acho que você está completo antes de se apaixonar. E o efeito do amor é fracionar você. Antes você está inteiro, depois você racha ao meio. Ela era um corpo estranho que havia se introduzido na sua integridade, e que você passou um ano e meio, tentando incorporar. Mas você só vai conseguir ficar inteiro de novo depois de expelir esse corpo estranho. Ou bem você se livra dele ou bem você o incorpora, distorcendo a si próprio. E foi isso que você fez, e foi por isso que você enlouqueceu.”
(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 85)
...sempre gostei da idéia de que ninguém é metade de ninguém...
ResponderExcluirAntes você está inteiro, depois você racha ao meio.
ResponderExcluirAmor é loucura, ainda bem.
Perder-se de si mesmo... e se reencontrar de um novo jeito.
ResponderExcluirCaralho, vou ter que ler esse livro.
ResponderExcluirvaessa...huuumm ..o teu blog éum caso bicudo para mim sabe? Um dilema...Eu venho aqui todos os dias...e nem sempre comento,,, sabes porquê?..porque por vezes é tão perfeito que tenho medo de estragar...rs..leio-te e penso sempre..huuuumm.a Vanessa escreveu isso para ela mesmo...mas quero saibas que adoro vir aqui..bj
ResponderExcluirVanessa,minha xará.Interessante sua visão do amor.Mas eu sou antiquada demais...Minha cinderelice não permite tanta racionalidade,entende?
ResponderExcluirAmor bagunça até mesmo os mais inteligentes.
Beijo no coração.
Que belo discurso. Uma visão totalmente verdadeira.
ResponderExcluirEste livro entrou para a lista dos meus desejados de 2011.
andamos a metades; nascemos aquela criatura pura, que abre só sua boquinha para chorar, anseia toque e leite maternal... pouco a pouco ele deixa de lado seu choro e começa a perceber alguma coisa... neste estágio ele sabia muito o que queria, era claro!! mais tarde, perde o rumo e fracciona-se... o amor, passa a ser um espelho daquela sensação primária, a satisfação de encher o estômago e sentir o afago quente de uma mão que reconhece única e indivisível. ele conhece e ponto final.
ResponderExcluirpor isso, a paixão, amor adulto é todo esse texto... é preciso saber onde ficamos, depois que nos toca... já não somos aquele bebe que apenas pelo seu instinto sabia a sua morada!!
apenas discordo na afirmação de que depois que conhecemos o outro fragmentamos... porque a fragmentação já existia, senão não existiria o outro... mas é a denuncia dessa fragmentação é que pode ser o problema!! afinal, o vazio de nós sempre lá esteve, só permitimos ao outro que o denuncie!!
(sei lá, mas é só uma hipótese entre tantas... e sou suspeita sobre análises, porque falho muito, ou quase tudo!)
abraços
Se amar é uma troca de alma contínua, será metade ou inteiro?
ResponderExcluirSei lá, penso que jamais somos inteiros, sempre nos falta algo - nosso anseio eterno expressa isso.
No entanto, nessa viagem constante sempre deixamos uma parte de nós e extraimos um pedaço do outro, nisso, entendo que muitos disseram sermos completos.
Eu diria, preenchida, mas nunca cheia, completa.
Bjin,
K.
O amor é apenas uma bela metáfora para ilusão...tudo passa, até o amor...bj
ResponderExcluirO título já abordou os comentários pós-texto.
ResponderExcluirBeijinho, Vanessa!
PAI te cuide!
Seu ponto de vista é muito bom, e já cheguei a pensar assim ! Mas hj, o que importa pra mim é amar, a mim ou não.
ResponderExcluirVanessa,
ResponderExcluiresses dias estava na livraria e encontrei, ao acaso, um livro da Inês Pedrosa - Os íntimos. Lembrei dos fragmentos no teu blog e resolvi comprar, muito bom.
É bom ser apresentada a bons autores.
Um beijo.
Sim, é preciso estar bem para receber outro alguém que vem pra completar. Não pra distorcer!
ResponderExcluirGostei, tem mais sentido do que a história da alma gêmea, que aliás detesto. Vê se sou metade da laranja de alguém...
ResponderExcluirVanessa, que saudade que eu tava de acompanhar teus recortes de leituras!
ResponderExcluirsobre o amor, apenas cito um ex-presidente de um clube de futebol, em portugal, discorrendo sobre a própria natureza da actividade: o que hoje é verdade, amanhã pode não o ser.
ResponderExcluirsingular ou plural? açúcar ou sal? elefante ou formiga? rugido ou gemido? quem ousa dar a resposta definitiva?