sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

invenção como virtude


“Deve estar se perguntando, mas de onde eu tirei todas essa coisas? Por que eu não disse a verdade ao doutor? Não sei, Alex. Acho que porque era o que ele esperava, o que ele via em mim. E eu não quis decepcioná-lo. Ele me olhava tão contente enquanto eu falava, ele dizia, dá para ver que você ama o teu trabalho, dá para ver nos teus olhos o entusiasmo. Ele dizia, essa é uma das coisas que eu amo em você, o entusiasmo, a paixão pelas coisas que você faz. Não é irônico, Alex? O doutor via em mim uma paixão por um trabalho que eu nunca fiz, por uma invenção minha. Ele achava essa invenção uma das minhas melhores qualidades”.

(Paisagem com dromedário, Carola Saavedra, p. 138, Ed. Companhia das Letras)

9 comentários:

  1. Novamente o olhar do Outro...

    E, de certo modo, inventar algo não é também criá-lo, trazê-lo à existência?

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  2. o outro é sempre uma invenção do eu,


    beijo

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  3. Enquanto inventamos
    Estamos apenas nos reiventando
    nos reciclando o tempo todo
    E são dessas tais invenções que sempre chegamos
    a nossa realidade...

    Beijos flor
    Bom final de semana

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  4. Às vezes, o mundo criado pela imaginação é tão atrativo que passamos a viver nele mais do que em nossas vidas reais.
    Amo passar por aqui!
    Uma sexta-feira de paz pra ti, querida.
    Bjoooo

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  5. Inventar ou imaginar é compreender e fazer existir um outro pedaço da gente.
    Que lindinha aqui, adorei o espaço.
    As imagens e principalmente os textos.
    Parabéns, querida.

    Um beijinho!

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  6. Me encantou!
    É engraçado como todos nos vêem de várias formas, de formas as vezes, totalmente diferentes.
    Impressão é só momento.

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  7. Concordo com a Marinha. Tem pessoas que preferem viver em um fantástico mundo a encarar a vida real. E eu também amo passar aqui! rs bjo

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  8. As vezes acontece... eu tenho dificuldades de mostrar-me como sou, e quando me entendem, me entristeço descobrir contrario, abraço.

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