quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Cantos de espera pelo que há de vir
Alento
Quando mais nada houver,
Eu me erguerei cantando,
Saudando a vida
Com meu corpo de cavalo jovem.
E numa louca corrida
Entregarei meu ser ao ser do Tempo
E a minha voz à doce voz do vento.
Despojado do que já não há
Solto no vazio do que ainda não veio,
Minha boca cantará
Cantos de alívio pelo que se foi,
Cantos de espera pelo que há de vir.
(Caio Fernando Abreu)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Maravilhoso, só podia ser Caio Fernando Abreu.
ResponderExcluirlindo demais!
ResponderExcluirbeijo
gosto demais desse poema do Caio. sempre me pego relendo.
ResponderExcluirAh Caio...
ResponderExcluir(suspiros)
E veio.
ResponderExcluir