"(...) Quando lê um primeiro romance, mais do que nunca, faltam ao crítico os antecedentes com que possa confrontar e medir o que lê. Resta-lhe a mão vazia. Ele trabalha muito mais com a cegueira do que com a visibilidade.
(...) Recentemente, em um debate literário, uma senhora da plateia - depois de se desculpar, como se fizesse uma observação quase obscena - me perguntou se não acho que minha posição diante da literatura é "feminina".
Existem muitas superstições a respeito da suposta "passividade" das mulheres. Basta ler escritoras como Clarice Lispector, Virginia Woolf e Florbela Espanca, poém, para entender o quanto o feminino é, também, feroz e contundente.
(...) A estreia é sempre um assalto ao passado. Todo escritor nasce de outros e escreve com as mãos sujas de sangue".
(O crítico aprendiz, José Castello, caderno Prosa & Verso, jornal O Globo, 12/09/09, p.4)
Crédito da imagem: Anderson Mendes.
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