"ELA - Eu não podia dizer de outro modo. Não menti.
ELE - Você teria podido dizer: "Vou embora. Venha, vou embora." (tempo) "Venha porque vou deixá-lo, porque vou embora."
ELA - Não. Eu não queria dizer que queria tornar a vê-lo antes de ir embora. (tempo) Não queria dizer que ia deixá-lo, não, acho que queria vê-lo, só isso, ver você. E depois deixá-lo, logo depois, como que no próprio instante em que o visse."
(Marguerite Duras in: Agatha. Ed. Record, p. 10)
domingo, 8 de janeiro de 2012
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Esse não anúncio de uma partida às vezes nos mata. Mas, há momentos em que o silêncio que fica no olhar é incapaz de ser "quebrado", pois, já sabemos... Palavra alguma seria capaz de dizer o que esse silêncio e esse olhar querem dizer.
ResponderExcluirA partida já é um rompimento normalmente difícil e um último encontro de despedida, por certo a tornaria quase impossível. Entretanto, guarda essa situação um subliminar recado de que "fui por qualquer motivo, menos porque não te quero mais." Há pessoas que conseguem dominar a quase intolerável dor de um auto-flagelo como o de abandonar definitivamente o objeto de seus mais nobres e belos sentimentos.
ResponderExcluirOs momentos servem para servir à Alma, e satisfazê-la, com qualquer coisa que queira, ou que necessite. Seja tristeza ou a plenitude do Amor. Algo que complete, ou que transborde, ou que simplesmente retire os excessos.
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