"Loucura, eu penso, é sempre um extremos de lucidez. Um limite insuportável. Você compreende, compreende, compreende e compreende cada vez mais, e o que você vai compreendendo é cada vez mais aterrorizante - então você "pira". Para não ter que lidar com o horror. "Porque estar vivo, verdadeiramente vivo, é horrível" - já dizia a GH (a reler) de Clarice, remember? Isso me voltou à cabeça ontem à noite".
(Caio F. em carta para Maria Lídia Magliani, 10/09/1991, Caio Fernando Abreu - Cartas, organizado por Italo Moriconi, p. 221)
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Vanessa, já postei o filme que pediu: O Estrangeiro. Abraços
ResponderExcluirQue dizer maravilhoso, esse. Realmente, é assim que vivemos.
ResponderExcluirAquilo que nos mantém à tona, é a arte de fingir e de não querer compreender tudo o que nos rodeia, pois a realidade é demasiado cruel para os nossos sentidos.
ResponderExcluirBom fim de semana
Runa
...como um mostro escondido debaixo da cama que já existia antes mesmo das camas numa fábula real que assusta e ninguém tem coragem de assumir a verdade, talves seja dai que venha essa tal dor...
ResponderExcluirPreciso voltar para o analista! kkkk
ResponderExcluirBjs, Van!
Bom final de semana!
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http://extensaosaladeartes.blogspot.com
O horror de se sentir cada vez mais vivo completa-se com a fascinação da vida.
ResponderExcluirEu penso: é um extremo de lucidez!
ResponderExcluirEu peno: porque a realidade é insuportável!
Lucidez e loucura: eu contenho multidões...
Ótima definição para loucura. Grande Caio.
ResponderExcluirNão conhecia esse trecho! Perfeito!
ResponderExcluirTinha que ser Caio!
Beijos.
Como ele conseguia suportar tanta sensibilidade?
ResponderExcluirPensar,pensar,pensar...Ás vezes eu canso.
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