sexta-feira, 24 de junho de 2011

nem nada além de ilusões já tão esfarrapadinhas

"Meu amigo, andei tão maus. Uma tristeza que não me largava. (...) Uma sensação de abandono, de solidão sem remédio - conhece o texto? -, de velhice chegando & eu chegando ao fim, sem ninguém nem nada além de ilusões já tão esfarrapadinhas."

(Caio F. em carta para Marcos Breda, 22/04/188, Caio Fernando Abreu - Cartas, organizado por Italo Moriconi, p. 149)

6 comentários:

  1. Conheço esse texto, parece com o que eu escrevi e rasguei hoje, dizendo como me sinto. É um exercício, passou...e o encontro aqui. Lindo fragmento...tão recorrente em nossas vidas.
    Bjs.

    ResponderExcluir
  2. sinto uma certa melancolia em alguns textos do Caio. O que ele me faz perceber e entender é que vamos viver o que se tem para viver, que chega um dia onde relembraremos dos nossos feitos e assim não nos questionaremos sobre o que não fizemos :P

    ResponderExcluir
  3. Algumas ilusões também preenchem, mas são mortais - assim como as mentiras - que não deixa de ser uma grande ilusão.

    ResponderExcluir
  4. Quem nunca se apegou a uma "ilusão" que de tão velha ficou "esfarrapadinhas", mas mesmo assim não queremos nos desfazer dela!

    ResponderExcluir
  5. Alguns momentos assim duram tempo demais.
    beijo

    ResponderExcluir

So if you have something to say, say it to me now