domingo, 19 de junho de 2011

Um livro é o desconhecido


Eugenia Gapchinska
“É uma coisa curiosa um escritor. Uma contradição e também um absurdo. Escrever é também não falar. É se calar. É berrar sem fazer barulho. É muitas vezes o repouso de um escritor, e ele tem muito a ouvir. Não fala muito porque é impossível falar com alguém de um livro que se escreveu e sobretudo de um livro que se está escrevendo. É impossível. (...) Porque um livro é o desconhecido, é a noite, é fechado, é assim. É o livro que avança, que cresce, que avança nas direções que se supõem exploradas, que avança para o seu próprio destino e o do seu autor, agora aniquilado pela sua publicação: a separação entre os dois, o livro sonhado, como a criança recém-nascida, sempre a mais amada.” 

(Marguerite Duras in: Escrever. Ed. Rocco, p. 26-7)

4 comentários:

  1. Escrever é, também, dar voz ao que habita nosso interior! As palavras têm voz. Basta termos sensibilidade e vontade de ouvi-las!

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  2. Silêncio é quando só faz barulho dentro da gente. Livros nos deixam assim, muitas vezes.

    Um beijo, Vanessa!

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  3. escrever é uma forma de viver..
    e sentir.

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  4. Um livro fechado. Escrever é a forma mais bonita de falar e continuar calado, usando as palavras.

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