quarta-feira, 28 de julho de 2010

Fetiche como laço estrutural do amor


"Sim, eu mexi no celular dele. Aconteceu uma única vez, não irá se repetir. É simples: não espero não achar nada. Sempre haverá alguma coisinha naquele blackshitberry dele. Essas coisas estarão em qualquer blackbosta, de qualquer um: (já disse Tom Zé) é somente requentar e usar".

(Da crônica "Esse teu olhar", de Cínthya Verri - ou ainda: a namorada do Carpinejar)

***

"Vimos anteriormente que, em sua busca desenfreada de indícios e de sinais de uma traição ou de uma confissão, o apaixonado funciona como um fetichista. Mas eu gostaria de insistir agora neste laço estrutural que existe entre os fetiches que precedem o amor, até mesmo que o induziram, e a busca desesperada do apaixonado para encontrar um fetiche nos sinais e nos indícios de sua procura. O apaixonado não procura provas, ele procura uma evidencia que poderia dispensá-lo, de uma vez por todas, de ter que provar. E ao mesmo tempo, evidentemente, ele não quer isso, a não ser para tornar-se verdadeiramente louco na certeza da psicose".

(Gori, R. Lógica das paixões. Rio de Janeiro: Campo Matêmico, 2004. p. 172)

9 comentários:

  1. o apaixonado muitas vezes perdeu a razão!

    bjs!

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  2. Melhor não achar nada..mas muito melhor é nem querer achar.

    beijo

    Faxina

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  3. Põe em questão o tal do "quem procura, acha".
    Procura o que? Acha o que?

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  4. tenho o péssimo hábito de acreditar...

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  5. Que coisa louca isso ne!Mas quem e apaixonado é louco rsrsrsrs
    Adorei o texto!

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  6. Me desculpe, mas não acredito em razão na paixão. Pra mim são antagônicos, se repelem...

    Bela escolha, de novo!!

    Beijos

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  7. moça,

    quando puder, assista O Pai de Giovanna. Estava assistindo hoje e me lembrei de ti.

    É bem interessante e comovente.

    E da sua área :)

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  8. Tão polêmica essa teoria! Fui tentar explicá-la (quando vc mesmo tinha acabado de me explicar) num jantar em família e foi o CAOS - não poderia ser diferente, não? Inadaptados do mundo, uni-vos. rsrs

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