terça-feira, 27 de julho de 2010

Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter...


"Mas em que pensava eu antes de me perder a ver? Não sei. Vontade? Esforço? Vida? Com um grande avanço de luz sente-se que o céu é já quase todo azul. Mas não há sossego - ah, nem o haverá nunca! - no fundo do meu coração, poço velho ao fim da quinta vendida, memória de infância fechada a pó no sotão da casa alheia. Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter..."

(Livro do Desassossego, Fernando Pessoa, p. 73)

6 comentários:

  1. O meu desejo é uma rua torta.`

    BeijooO*

    ResponderExcluir
  2. como serenar? para quê sossegar? há tanto para conquistar nestas marés de desassossego...
    beijo!

    ResponderExcluir
  3. Oi, Vanessa...
    Vim lhe retribuir a visita, conhecer seu cantinho, e adorei.
    Outra hora volto com mais calma para comentar seus posts, pois achei tudo muito interessante por aqui.
    ...e ainda não lí esse livro do Pessoa...Que desassossego...rs

    Com um super abraço,
    Alexandre - Biricuticu´s

    ResponderExcluir
  4. Eu sempre quero sossego.
    E sempre que tenho sossego, morro de tédio.
    E sempre penso em morrer de qualquer coisa,
    menos tédio.
    Eu sempre quero o sossego, mas sempre o
    sossego passa.

    Ainda bem.

    ResponderExcluir

So if you have something to say, say it to me now