"Não existe nada como o ciúme para absorver o ser humano. (...) O sofrimento por ciúme, ao contrário, evoluía no espaço, girava como uma broca em torno de um ponto único. Não havia nele dispersão. (...) Quando ela perdera a mãe, podia escutar música, podia até mesmo ler; quando estava com ciúme, ela não conseguia fazer nada."
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. Ed. Nova Fronteira, p. 120)
domingo, 16 de outubro de 2011
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"O amor não faz sofrer, mas sim o sentimento de posse." (Antoine de Saint-Exupéry)
ResponderExcluirE quem, diabos, consegue amar sem querer possuir? Quem não deseja possuir antes mesmo de amar?
É por aí. Ninguém mata por amor, mas por ciúme. Uma dor como a perda de alguém querido despedaça, desconstróis. O ciúme é o contrário, ele concentra, foca obsessivamente em um sentimento - ou melhor, dúvida - sobre o outro. Tudo se diminui diante disso.
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