“A confiança que emanava dos olhos de Bertlef era como um banho maravilhoso e Ruzena desejava que esse olhar, que a inundava e a acariciava, durasse o maior tempo possível.
- É verdade? Sou assim mesmo?
- É. Eu sei.
Era belo como uma vertigem: aos olhos de Bertlef ela se sentia delicada, terna, pura, ela se sentia nobre como uma rainha. De repente, era como se estivesse recheada de mel e de plantas perfumadas. Ela se achava adorável. (Meu Deus! Nunca lhe tinha acontecido ainda achar-se tão deliciosamente adorável.)"
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. Ed. Nova Fronteira, p. 164)
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
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Belissíma Rosanna Schiaffino.
ResponderExcluirVanessa, un placer ver tu entrada y una grata
ResponderExcluirimágen que acompañas, bello tu blog en todos
los sentidos, me cuesta entender pero capto
el sentido de tus sentimientos con bastante certeza, gracias por tus comentarios ...
Besitos...
Ángel-Isidro.
http://elblogdeunpoeta.blogspot.com/
Não existe nada que dê mais poder do que se sentir assim.
ResponderExcluirBjs!
Boa semana!
E Lacan, no Seminário XX, diz que o Olhar só existe como "mau-olhado", mas acho que essa revelação que o olhar faz, como no texto citado, é a mais pura realidade. E a mais pura poesia.
ResponderExcluirlindo fragmento, Vanessa! alguns escritores conseguem ir longe na feminilidade... um abraço.
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