"
O que dissera esse homem? Que partia para sempre. Uma longa e doce nostalgia apertava-lhe o peito. Não apenas a nostalgia desse homem, mas também a da ocasião perdida. E não apenas daquela ocasião perdida. E não apenas daquela ocasião, mas também da ocasião como tal. Tinha nostalgia de todas as ocasiões que havia deixado passar, escapar, das quais tinha fugido, mesmo daquelas que jamais tivera"
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. Ed. Nova Fronteira)
Me lembrou um artigo que li sobre a concepção de tempo... Só existe tempo quando nos damos conta da finitude. É, só há nostalgia enquanto o tempo pode passar, enquanto as coisas podem deixar de existir, ou de pertencer...
ResponderExcluirGrande Beijo
Não apenas a nostalgia desse homem, mas também a da ocasião perdida.
ResponderExcluirNão tava conseguindo comentar ( e nem ler) as suas postagens Vanessa. Eu entrava em seu blog e não passava 5 minutos nele. Imediatamente vinha uma mensagem dizendo que o conteúdo era impróprio, infectado e blás. Isso foi durante uma semana.. Agora, tentei novamente, e acho que tá tudo normal.. pelo menos até agora.
ResponderExcluirJá tinha acontecido isso com você?
Beijos querida.
^^
Esse aviso acontecia comigo também. Mas acho que parou.
ResponderExcluirSobre o texto, é a diferença entre luto e melancolia. Melancolia é esse sentimento que o Kundera mostra magistralmente, de perda do tempo, todas as vezes.
Luto, a gente faz o tempo todo, como dizia Fernando Pessoa. A gente faz luto pelas pessoas, mesmo as vivas!, por conta do que passou e do que poderia ter se passado.