"Algum preço a gente tem que pagar quando resolve fingir que a vida voltou ao normal - quando não é nada disso que está acontecendo."
***
"Será que esquecer é a mesma coisa que ter perdido?"
(Do filme: Como esquecer)
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Fragmento do leitor 13
''Passava-se os dias e as semanas e uma moça começa a vir ao quarto. Poderia dizer que é sempre a mesma moça porque, no início, uma moça é igual a outra, uma pessoa estranha, com quem nos comunicamos por meio de um código obrigatório. É preciso passar um pouco de tempo para fazer muitas coisas com essa moça para chegarmos juntos a entender a explicação para isso; e aí começa a fase das enormes descobertas, a verdadeira e talvez a única fase exaltante do amor. Depois, passando mais um tempo e fazendo ainda mais coisas com essa moça, a gente percebe que as outras também eram assim, que eu também sou assim, que somos todos assim, e cada gesto dela nos aborrece como se repetido por milhares de espelhos."
Italo Calvino in: O amor longe de casa, do livro ''Um General Na Biblioteca'' Companhia das letras, 2001. tradução: Rosa Freire dÁguiar. Página 46
Enviado por: Ricardo Rodrigo França Da Silva.
Italo Calvino in: O amor longe de casa, do livro ''Um General Na Biblioteca'' Companhia das letras, 2001. tradução: Rosa Freire dÁguiar. Página 46
Enviado por: Ricardo Rodrigo França Da Silva.
domingo, 30 de outubro de 2011
Fragmento do leitor 12
A solidão me seguiu a vida toda, em todos os lugares: em bares, carros, calçadas, lojas, em todo lugar. Não há como fugir. Sou o homem solitário de Deus.
Do filme: Taxi driver (Direção: Martin Scorsese, 1976)
Enviado por Herculano Neto, do blog: http://herculanoneto.blogspot.com/
Do filme: Taxi driver (Direção: Martin Scorsese, 1976)
Enviado por Herculano Neto, do blog: http://herculanoneto.blogspot.com/
a evidência do amor
Um amor de Swann |
(Marguerite Duras in: A vida material. Ed. Globo, p. 122)
Fragmento do leitor 11
"Eu podia morrer agora... Eu estou feliz. Nunca senti isso antes. Estou exatamente onde queria estar”
(Joel diz a Clementine, personagens do filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças, deitados na neve, de mãos dadas, olhando para o céu.)
Contribuição da leitora: Olga Belém
Para participar:
1) O fragmento pode ser de livro ou filme (diálogo). Enviem seu fragmento favorito para meu e-mail (vanessa.sza@bol.com.br)
2) É necessário que o autor/roteirista seja publicado/conhecido, para citarmos a fonte corretamente. Autor, título do livro. Com editora e página, melhor ainda. Assim, o leitor pode ir atrás da obra.
3) O nome do leitor e o link do seu blog vão constar aqui, para a divulgação dos mesmos. Quem é leitor mas não tem blog também pode participar. Dia 25 de dezembro o fragmento que mais me tocou vai ganhar um DVD + um livro.
Os trechos devem ser enviados para o meu e-mail, repetindo, e não como comentário desse post. O título do e-mail deve ser: Qual seu fragmento favorito?
sábado, 29 de outubro de 2011
Fragmento do leitor 10
“Há pessoas que sepultamos na terra, mas há outras mais particularmente queridas que tiveram nosso coração como mortalha, cuja lembrança mistura-se todo dia a nossas palpitações; pensamos nelas como respiramos, estão em nós pela doce lei de uma metempsicose própria ao amor. Uma alma está em minha alma. Quando algum bem é feito por mim, quando uma bela palavra é dita, essa alma fala, age; tudo que posso ter de bom emana desse túmulo, assim como de um lírio emanam os perfumes que embalsam a atmosfera. O escárnio, o mal, tudo o que você censura em mim vem de mim mesmo.”
(Honoré de Balzac in, A comédia humana: O lírio do vale – L&PM Editores, 2006)
Leitora: Luiza Maciel
Blog: http://versosdeluz.blogspot.com
(Honoré de Balzac in, A comédia humana: O lírio do vale – L&PM Editores, 2006)
Leitora: Luiza Maciel
Blog: http://versosdeluz.blogspot.com
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Fragmento do leitor 9
"Meu amigo Óscar é um desses príncipes sem reino que andam por aí esperando que você o beije para se transformar em sapo. Entende tudo ao contrário, acho que é por isso que gosto tanto dele: as pessoas que acham que entendem tudo direito acabam fazendo as coisas às avessas, e isso, vindo de alguém que vive metendo os pés pelas mãos, é muita coisa. Ele olha para mim e pensa que eu não estou vendo. Imagina que vou evaporar se ele me tocar e que, se não me tocar, quem vai evaporar é ele. Óscar me colocou num pedestal tão alto que não sabe mais como subir. Acha que meus lábios são a porta do paraíso, mas não sabe que estão envenenados. Sou tão covarde que, para não perdê-lo, não digo nada. Finjo que não estou notando e que vou mesmo evaporar...
Meu amigo Óscar é desses príncipes que deveriam se manter afastados dos contos de fada e das princesas que guardam. Não sabe que é o príncipe azul quem tem de beijar a bela adormecida para que ela desperte de seu sono eterno, mas isso acontece porque Óscar não sabe que todos os contos são mentiras, embora nem todas as mentiras sejam contos. Os príncipes não são encantados e as adormecidas, embora belas, nunca despertam de seu sono. É o melhor amigo que tive na vida e se algum dia eu der de cara com Merlin, vou agradecer por ter colocado Óscar em meu caminho."
(Carlos Ruiz Zafón in: Marina, Ed. Suma de Letras, p. 183)
Enviado pela leitora Daniela dos Santos
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Meu amigo Óscar é desses príncipes que deveriam se manter afastados dos contos de fada e das princesas que guardam. Não sabe que é o príncipe azul quem tem de beijar a bela adormecida para que ela desperte de seu sono eterno, mas isso acontece porque Óscar não sabe que todos os contos são mentiras, embora nem todas as mentiras sejam contos. Os príncipes não são encantados e as adormecidas, embora belas, nunca despertam de seu sono. É o melhor amigo que tive na vida e se algum dia eu der de cara com Merlin, vou agradecer por ter colocado Óscar em meu caminho."
(Carlos Ruiz Zafón in: Marina, Ed. Suma de Letras, p. 183)
Enviado pela leitora Daniela dos Santos
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tentativa impossível
"O homem e a mulher são irreconciliáveis, e é essa tentativa impossível e renovada a cada amor que faz sua grandeza."
(Marguerite Duras in: A vida material. Ed. Globo, p. 37)
Fragmento do leitor 8
"Não existe criatura capaz de amar outra criatura tal como ela é. Pedimos ao nosso amado para se adaptar à fantasia que sobre ele projetamos.Talvez o auge do amor partilhado consista no furor dos parceiros em se transformar um ao outro segundo suas respectivas fantasias."
(J.-D Nasio in: A Fantasia. Ed Zahar, p.19)
Enviado pelo leitor: Limoncino A. de P. Oliveira
(J.-D Nasio in: A Fantasia. Ed Zahar, p.19)
Enviado pelo leitor: Limoncino A. de P. Oliveira
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Fragmento do leitor 7
"A poesia deixa algo em cada leitor: uma sílaba, uma metáfora, um conceito, uma visão do universo. Cada verso é de natural ambíguo, tem duas caras, como certas pessoas que eu conheço, ou cem, ou mil. As palavras não dispõem de apenas uma carteira de identidade; usam várias, como os ladrões ou os contrabandistas. Costumam sair disfarçadas, ou incógnitas, ou fantasiadas como no Carnaval. O demónio da polissemia que habita nelas como uma segunda natureza, torna-as verdadeiros camaleões, que tomam a cor da paisagem ou do instante. São volúveis. Assim, é claro que, antes de variar de leitor para leitor, a Poesia, que se nutre da ineficácia ou da imprecisão das definições que a circundam, varia de poeta para poeta. A cada um exibe uma face particular."
(Ledo Ivo in: A Fábula do Vento)
Enviado pelo leitor Rui Pascoal do blog http://tintacompinta.blogspot.com/
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(Ledo Ivo in: A Fábula do Vento)
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Sobre: Fragmento do leitor
Estimados,
Desde segunda, por motivos que desconheço, meu e-mail do bol não está funcionando. Por isso, por favor, enviem o "Fragmento do leitor" para: vanessa.sza@gmail.com
Aqueles que enviaram seus fragmentos a partir de segunda, por favor reenviem - não sei quando o problema do e-mail será resolvido.
Obrigada!
Vanessa
Desde segunda, por motivos que desconheço, meu e-mail do bol não está funcionando. Por isso, por favor, enviem o "Fragmento do leitor" para: vanessa.sza@gmail.com
Aqueles que enviaram seus fragmentos a partir de segunda, por favor reenviem - não sei quando o problema do e-mail será resolvido.
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Vanessa
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
que não entende o que aconteceu mas entende que agora é tarde para vivê-lo
"Fazia as coisas pela metade, para tê-las feito, e não dava certo. Sinto muito ter sido assim, regulamentar mas jamais satisfeita. Sempre me encontrei no fim dos verões como uma tonta que não entende o que aconteceu mas entende que agora é tarde para vivê-lo. (...) o mar em O verão de 80 é o que não vivi. É o que me aconteceu e eu não vivi, é o que pus num livro porque eu não teria tido condições de vivê-lo. Sempre essa passagem do tempo em minha vida inteira. Em toda a extensão da minha vida."
(Marguerite Duras in: A vida material. Ed. Globo, p. 10)
Hoje joguei fora, tanta coisa
"Joguei fora e lamentei. Sempre lamentamos ter jogado fora em certo momento da vida. Mas, se não jogamos fora, se não nos separamos, se queremos guardar o tempo, podemos passar a vida arrumando, arquivando nossa vida."
(Marguerite Duras in: A vida material. Ed. Globo, p. 46)
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Quando nada acontecia, era quando mais havia o que pensar
"Não sei o que deveria ter feito. O que acontecia a cada dia não era o que acontecia a cada dia. Às vezes o que não acontecia era a coisa mais importante do dia. Quando nada acontecia, era quando mais havia o que pensar."
(Marguerite Duras in: A vida material. Ed. Globo, p. 81)
Ouça
Fragmento do leitor 6
"Amar não significa ter que sacrificar partes de si mesmo".
(Do filme: Matemática do amor)
(Do filme: Matemática do amor)
em busca de algum lugar, de um emprego de tempo
"Jamais estive onde estaria à vontade, sempre estive a reboque, em busca de algum lugar, de um emprego de tempo, jamais me encontrei onde queria estar, exceto talvez (...) durante certos verões, numa certa tristeza feliz."
(Marguerite Duras in: A vida material. Ed. Globo, p. 9)
(Marguerite Duras in: A vida material. Ed. Globo, p. 9)
Fragmento do leitor 5
A single man |
Guimarães Rosa, "O espelho", em Primeiras Estórias
Enviado pelo leitor: Eduardo Refkalefsky
***
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
dos males incuráveis
"Aliás o amor é um mal incurável como aquelas diáteses em que o reumatismo só dá tréguas para ceder lugar a enxaquecas epileptiformes."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 5 - A Prisioneira. Tradução de Manuel Bandeira e Lourdes Sousa de Alencar. Ed. Globo, p. 67-68)
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 5 - A Prisioneira. Tradução de Manuel Bandeira e Lourdes Sousa de Alencar. Ed. Globo, p. 67-68)
Fragmento do leitor 4
Eu fui para o café... Quero que você saiba disso. Fui a um café... Pedi um suco e fiquei olhando as pessoas, escutando as conversas das mesas próximas, como fazíamos. No banheiro, chorei. Nunca tinha chorado em um lugar público. Um estranho me consolou. Eu sentia minhas pernas tão pesadas. Fiquei umas duas semanas de cama... Eu inventei uma gripe, isso se transformou em uma sinusite, e finalmente se tornou uma pneumonia...
Me lembro de um dia, um dia de merda, um dia de maio de merda. Eu pedi para minha mãe que ligasse para você. Eu não conseguia sair da cama, não parava de chorar. Falei muito séria com minha mãe: “Mamãe liga para ele”. Ela olhou para mim, só olhou-me e disse: “Não vamos ligar para ninguém”.
[...] Estaria mentindo se eu disser que não penso como minha vida teria sido. Como seria estar com você. Se teríamos filhos, se estaríamos juntos em uma tempestade de neve, ou se no verão viajaríamos para uma cidadezinha pequena. Ou coisas simples: comprar frutas, pagar as contas, comprar um presente.
Do filme: A Vida dos Peixes (La Vida de Los Peces) / direção: Matias Bizes / ano: 2010
Enviado pela leitora Jenifer Carmo, do blog http://consideracaodopoema.blogspot.com/
domingo, 23 de outubro de 2011
é, acontece...
Fragmento do leitor 3
"Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos."
(Carlos Drummond de Andrade in: 'Mundo Grande', do livro Sentimento do mundo)
Enviado pela leitora Claudia Lemos, do blog: http://controvento-desinventora.blogspot.com/
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É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos."
(Carlos Drummond de Andrade in: 'Mundo Grande', do livro Sentimento do mundo)
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Fragmento do leitor
sábado, 22 de outubro de 2011
Fragmento do leitor 2
Decisão
Houve um tempo
em que prometeu
esquecer as lâminas do destino
As trancas da porta
agora falam por nós
e o frio no corredor
é a sua, a nossa resposta.
(Alberto Bresciani in Incompleto Movimento - José Olympio Editora - 2011)
Contribuição de: http://naianacarapeba.blogspot.com/
***
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Fragmento do leitor 1
“Desde cedo, muita gente é treinada para acreditar num chamado superior, o hino nacional incita ‘verás que um filho teu não foge a luta’ e o exército continua ‘jovem, aliste-se’. Mas lá no fundo, o que todo mundo espera é uma convocação para acreditar nos sonhos mais genuínos.”
(Pedro Cezar - Documentário sobre a desbiografia de Manoel de Barros “Só dez por cento é mentira”)
Leitora: Ludmila Barbosa
Blog: http://mentedivergente.blogspot.com/
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(Pedro Cezar - Documentário sobre a desbiografia de Manoel de Barros “Só dez por cento é mentira”)
Leitora: Ludmila Barbosa
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Qual seu fragmento favorito? - Com a participação dos leitores
Queridos leitores,
Quero propôr a participação de vocês nas próximas semanas. É bem simples: mandem seu fragmento favorito para meu e-mail (vanessa.sza@bol.com.br) que eu vou postando nas semanas seguintes, a partir de amanhã.
Umas regrinhas apenas:
1) O fragmento pode ser de livro ou filme (diálogo).
2) É necessário que o autor/roteirista seja publicado/conhecido, para citarmos a fonte corretamente. Autor, título do livro. Com editora e página, melhor ainda. Assim, o leitor pode ir atrás da obra.
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Os trechos devem ser enviados para o meu e-mail, repetindo, e não como comentário desse post. O título do e-mail deve ser: Qual seu fragmento favorito?
Espero que vocês possam participar.
Ah, o trecho que mais me tocar ganha um livro e um DVD (a data eu decido depois, quando este post
encerrar, bem como os títulos).
Beijos,
Vanessa
Quero propôr a participação de vocês nas próximas semanas. É bem simples: mandem seu fragmento favorito para meu e-mail (vanessa.sza@bol.com.br) que eu vou postando nas semanas seguintes, a partir de amanhã.
Umas regrinhas apenas:
1) O fragmento pode ser de livro ou filme (diálogo).
2) É necessário que o autor/roteirista seja publicado/conhecido, para citarmos a fonte corretamente. Autor, título do livro. Com editora e página, melhor ainda. Assim, o leitor pode ir atrás da obra.
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Espero que vocês possam participar.
Ah, o trecho que mais me tocar ganha um livro e um DVD (a data eu decido depois, quando este post
encerrar, bem como os títulos).
Beijos,
Vanessa
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
de existir no outro para o outro
"Ah!, pensava ela, embora sendo o que sou agora, não vivi inutilmente se um pouco de minha juventude continua vivendo na memória desse homem; e ela pensou em seguida que ali estava uma nova confirmação de sua convicção: todo o valor do homem está ligado a essa faculdade de se superar, de existir além de si mesmo, de existir no outro para o outro."
(Milan Kundera in: Risíveis amores. Ed. Nova Fronteira, p. 154)
(Milan Kundera in: Risíveis amores. Ed. Nova Fronteira, p. 154)
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
há apenas as coisas importantes e as outras
"- Poucas coisas há tão infelizes como a maturidade, que é aquela época em que as pessoas têm imensas explicações para não serem capazes de se aturar.
Mas não há antes nem depois na vida, há apenas as coisas importantes e as outras."
(Inês Pedrosa in: A Instrução dos amantes. Publicações Don Quixote, p. 177)
Mas não há antes nem depois na vida, há apenas as coisas importantes e as outras."
(Inês Pedrosa in: A Instrução dos amantes. Publicações Don Quixote, p. 177)
terça-feira, 18 de outubro de 2011
aprender os caminhos é esquecer
"Se entender encurta distâncias, também tolhe belas viagens. Chego ao aeroporto e já não há como me perder: aprender os caminhos é esquecer como se intui uma direção, como se pergunta a um desconhecido, como se inventa um itinerário."
(Luciana Lorens Braga in: Há cores e acordes. Ofício das Palavras Ed., p. 23)
(Luciana Lorens Braga in: Há cores e acordes. Ofício das Palavras Ed., p. 23)
A lembrança é mais forte do que... que você e eu juntos diante dela
A single man |
Mantém o olhar desviado. Olhos fechados.
ELA - Sim.
ELE - Aquele verão foi mesmo belo como nós dizemos?
ELA - Foi, foi um verão admirável. A lembrança é mais forte que nós que a guardamos..., que você, que você e eu juntos diante dela... foi um verão mais forte que nós, mais azul que você, além de nossa beleza, do meu corpo, mais suave que aquela pele sobre a minha sob o sol, que aquela boca que não conheço."
(Marguerite Duras in: Agatha. Ed. Record, p. 77)
da alma
"O amor não é talvez mais do que a propagação daqueles redemoinhos que, depois de uma emoção, perturbam a alma."
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 5 - A Prisioneira. Tradução de Manuel Bandeira e Lourdes Sousa de Alencar. Ed. Globo, p. 11)
(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 5 - A Prisioneira. Tradução de Manuel Bandeira e Lourdes Sousa de Alencar. Ed. Globo, p. 11)
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
males ridículos, dores descabidas
"Durante as suas ausências, eu tentava me recompor, esquecer o que ele tinha me dito, sobre mim, sobre meus males, males ridículos, dores descabidas, frente à minha verdadeira situação, palavra detestável."
(Samuel Beckett in: O inominável. Ed. Globo, p. 52)
(Samuel Beckett in: O inominável. Ed. Globo, p. 52)
do que não tem resposta
La histoire d´Adèle H. |
Sem resposta.
ELE - Você vai embora para amar para sempre?
ELA (lenta) - Vou embora para amar para sempre nessa dor adorável de nunca ter você, de nunca poder fazer com que esse amor nos deixe como mortos."
(Marguerite Duras in: Agatha. Ed. Record, p. 20)
ela volta, sempre assombrosa
"ELE - Eu achava que tinha previsto tudo... tudo... tudo... e então, veja só...
Silêncio. Ele fecha os olhos. Ela o olha.
ELA - A dor, não, nunca é possível.
ELE - Pois é... nunca... pensamos conhecê-la como a nós mesmos e então, não... a cada vez ela volta, sempre assombrosa."
(Marguerite Duras in: Agatha. Ed. Record. P. 8-9)
Silêncio. Ele fecha os olhos. Ela o olha.
ELA - A dor, não, nunca é possível.
ELE - Pois é... nunca... pensamos conhecê-la como a nós mesmos e então, não... a cada vez ela volta, sempre assombrosa."
(Marguerite Duras in: Agatha. Ed. Record. P. 8-9)
domingo, 16 de outubro de 2011
Tinha nostalgia de todas as ocasiões que havia deixado passar, escapar, das quais tinha fugido, mesmo daquelas que jamais tivera
The Great Gatsby |
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. Ed. Nova Fronteira)
Resultado do # 17 sorteio de livros do blog
Título: Sob custódia
Autora: Anita Desai
Editora: Rocco
Quem levou foi:
Luísa Ruaro Bortoli
luisa_bortoli@hotmail.com
luisa_bortoli@hotmail.com
uma broca em torno de um ponto único
"Não existe nada como o ciúme para absorver o ser humano. (...) O sofrimento por ciúme, ao contrário, evoluía no espaço, girava como uma broca em torno de um ponto único. Não havia nele dispersão. (...) Quando ela perdera a mãe, podia escutar música, podia até mesmo ler; quando estava com ciúme, ela não conseguia fazer nada."
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. Ed. Nova Fronteira, p. 120)
(Milan Kundera in: A valsa dos adeuses. Ed. Nova Fronteira, p. 120)
sábado, 15 de outubro de 2011
da dor
“(...) como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente.”
(Para ler ao som de Vinícius de Moraes. Caio F. in: Pequenas Epifanias. Ed. Agir, p. 122)
(Para ler ao som de Vinícius de Moraes. Caio F. in: Pequenas Epifanias. Ed. Agir, p. 122)
Recado da adorável escritora Ana Letícia Leal - na Estação das Letras
Tratamento literário
Dia 5 de novembro começo uma nova turma de autoficção, na Estação das Letras. A ideia é motivar a escrita a partir de elementos da memória pessoal; o resultado pode ser mais ou menos ficção: o que se quer é usar objetos, imagens ou diários guardados e desencadear um novo texto. Para isto, crio exercícios a partir da minha própria experiência com as letras.
Como a leitura de Memórias da Emília, onde Lobato ironiza, pela voz da boneca, a escrita autobiográfica de homens considerados notáveis. Decidida a escrever suas memórias, a boneca inventa, entre outras, que é grande amiga de Shirley Temple, com quem chegou a estrelar um filme: “São memórias fantásticas”, justifica.[1]
Costumo falar deste livro ao iniciar uma nova turma e, certa vez, uma aluna me perguntou se deveria “dourar a pílula” como Emília, isto é, fazer sua vida parecer mais interessante. Claro que não. Milton Hatoum, por exemplo, diz ter feito o contrário em Dois irmãos.[2] No romance, fatos do passado de sua família foram reinventados para criar uma atmosfera de desilusão, onde tudo daria errado. Já Cristóvão Tezza resolveu escrever O filho eterno quando, já reconhecido pela crítica, pensou consigo mesmo que ainda precisava escrever sobre o fato de ter um filho com síndrome de Down.[3] O livro, apesar de romanceado, não parece atenuar o drama vivido.
Na outra ponta, dois exemplos de memórias não ficcionalizadas senão pelo recorte. O Feito à mão, de Lygia Bojunga, reúne textos relacionados à prática do artesanato pela autora. Na capa, uma tapeçaria feita pela mãe de Lygia. No prefácio, um texto narrando a produção quase artesanal da primeira edição do livro. A jovem Valéria Polizzi, por sua vez, ao compartilhar publicamente a experiência de ter sido uma das primeiras mulheres brasileiras infectadas pelo vírus da aids, parece buscar a sinceridade possível: “Mas acontece que eu era virgem, nunca tinha usado drogas e obviamente não sou gay. O que aconteceu então? É simples, transei sem camisinha”.[4]
No universo da oficina, são considerados de autoficção, portanto, textos situados entre a representação (impossível) na escrita de si e a simulação sem referência pessoal. A crítica é inevitável: admitindo um espectro tão largo, toda literatura seria autoficcional. Isto é, a oficina seria simplesmente “literária”. Sim! Mas entre oficinas “de contos”, “de romances”, “de crônicas”, “de literatura infantil” etc., a especificidade desta é dar a ver a cada aluno os elementos de sua memória que merecem tratamento literário. Sem limite de gênero textual.
[1] LOBATO, Monteiro. Memórias da Emília. São Paulo: Globo, 2007. p.83
[2] Segundo depoimento no projeto Rodas de Leitura, da Estação das Letras, em 14/03/2011.
[3] Segundo depoimento no projeto Rodas de Leitura, da Estação das Letras, em 13/12/2010.
[4] POLIZZI, Valéria Piassa. Depois daquela viagem. São Paulo: Ática, 2002. p.8
Leia mais em: http://diariosbordados.blogspot.com/
Dia 5 de novembro começo uma nova turma de autoficção, na Estação das Letras. A ideia é motivar a escrita a partir de elementos da memória pessoal; o resultado pode ser mais ou menos ficção: o que se quer é usar objetos, imagens ou diários guardados e desencadear um novo texto. Para isto, crio exercícios a partir da minha própria experiência com as letras.
Como a leitura de Memórias da Emília, onde Lobato ironiza, pela voz da boneca, a escrita autobiográfica de homens considerados notáveis. Decidida a escrever suas memórias, a boneca inventa, entre outras, que é grande amiga de Shirley Temple, com quem chegou a estrelar um filme: “São memórias fantásticas”, justifica.[1]
Costumo falar deste livro ao iniciar uma nova turma e, certa vez, uma aluna me perguntou se deveria “dourar a pílula” como Emília, isto é, fazer sua vida parecer mais interessante. Claro que não. Milton Hatoum, por exemplo, diz ter feito o contrário em Dois irmãos.[2] No romance, fatos do passado de sua família foram reinventados para criar uma atmosfera de desilusão, onde tudo daria errado. Já Cristóvão Tezza resolveu escrever O filho eterno quando, já reconhecido pela crítica, pensou consigo mesmo que ainda precisava escrever sobre o fato de ter um filho com síndrome de Down.[3] O livro, apesar de romanceado, não parece atenuar o drama vivido.
Na outra ponta, dois exemplos de memórias não ficcionalizadas senão pelo recorte. O Feito à mão, de Lygia Bojunga, reúne textos relacionados à prática do artesanato pela autora. Na capa, uma tapeçaria feita pela mãe de Lygia. No prefácio, um texto narrando a produção quase artesanal da primeira edição do livro. A jovem Valéria Polizzi, por sua vez, ao compartilhar publicamente a experiência de ter sido uma das primeiras mulheres brasileiras infectadas pelo vírus da aids, parece buscar a sinceridade possível: “Mas acontece que eu era virgem, nunca tinha usado drogas e obviamente não sou gay. O que aconteceu então? É simples, transei sem camisinha”.[4]
No universo da oficina, são considerados de autoficção, portanto, textos situados entre a representação (impossível) na escrita de si e a simulação sem referência pessoal. A crítica é inevitável: admitindo um espectro tão largo, toda literatura seria autoficcional. Isto é, a oficina seria simplesmente “literária”. Sim! Mas entre oficinas “de contos”, “de romances”, “de crônicas”, “de literatura infantil” etc., a especificidade desta é dar a ver a cada aluno os elementos de sua memória que merecem tratamento literário. Sem limite de gênero textual.
[1] LOBATO, Monteiro. Memórias da Emília. São Paulo: Globo, 2007. p.83
[2] Segundo depoimento no projeto Rodas de Leitura, da Estação das Letras, em 14/03/2011.
[3] Segundo depoimento no projeto Rodas de Leitura, da Estação das Letras, em 13/12/2010.
[4] POLIZZI, Valéria Piassa. Depois daquela viagem. São Paulo: Ática, 2002. p.8
Leia mais em: http://diariosbordados.blogspot.com/
Programa bacana!
Livros na Mesa
A Estação das Letras convida para o tradicional evento cultural Livros na Mesa, troca de livros e encontros de leitura com autores.
Dia 29 de outubro
14h30 - Troca de livros
15h - Encontro de leitura: Solar da Fossa, com Toninho Vaz.
Entrada Franca
Estação das Letras
Telefax: (21) 3237-3947
Endereço: Rua Marquês de Abrantes, 177 - Lojas 107/108 Flamengo - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 22230-060
E-mail: estacaodasletras@estacaodasletras.com.br
não se sabe por quê, não se sabe de nada
"As lágrimas dele jorram quase sem parar, não se sabe por quê, não se sabe de nada, se é de raiva, se é de tristeza, é assim, talvez seja a voz que o faz chorar, de raiva, ou de uma outra paixão qualquer, ou de ter que ver, de tempos em tempos, alguma coisa, talvez seja isso, talvez ele chore para não ver, embora pareça difícil atribuir-lhe uma iniciativa dessa magnitude."
(Samuel Beckett in: O inominável. Ed. Globo, p. 162)
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
sobre mitos e bolhas de sabão
"Xavière Gauthier - E talvez, justamente, em Le Marin de Gibraltar, talvez ainda pudéssemos pensar que havia um paraíso, quer dizer, o momento em que essa mulher teria conhecido o marinheiro, que não se sabe se é mítico ou real.
Marguerite Duras - Sim, ela o criou de ponta a ponta.
Xavière Gauthier - Portanto, poderia ser uma ilusão de paraíso; esse homem existe em algum lugar, sabe-se que não será encontrado. Quando ela rejeita os homens, depois de ter feito amor com eles, diz: "Não é aquele". Ela sabe que não o encontrará, mas ainda pensa que ele pode existir.
Marguerite Duras - Ela o colocou ali, na vida, como uma espécie de homem inatingível, de homem-deus."
(Marguerite Duras e Xavière Gauthier in: Boas falas - conversas sem compromisso. Ed. Record, p. 50)
Marguerite Duras - Sim, ela o criou de ponta a ponta.
Xavière Gauthier - Portanto, poderia ser uma ilusão de paraíso; esse homem existe em algum lugar, sabe-se que não será encontrado. Quando ela rejeita os homens, depois de ter feito amor com eles, diz: "Não é aquele". Ela sabe que não o encontrará, mas ainda pensa que ele pode existir.
Marguerite Duras - Ela o colocou ali, na vida, como uma espécie de homem inatingível, de homem-deus."
(Marguerite Duras e Xavière Gauthier in: Boas falas - conversas sem compromisso. Ed. Record, p. 50)
um lugar
"Donde pode nascer o amor? Talvez de uma súbita falha do universo, talvez de um erro, nunca de um ato de vontade."
Marguerite Duras
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Parece que ninguém acredita que é possível ser as duas coisas
"Mulheres bonitas intelectuais sofrem preconceito. Parece que ninguém acredita que é possível ser as duas coisas. A beleza faz com que tratem você de forma mais condescendente. À parte a longa história de disputa entre homens e mulheres, o fato de pertencermos a uma sociedade obcecada por beleza atrapalha. É angustiante, pois, muitas vezes, deixamos de promover o melhor da mulher para falar de sua beleza. Compramos um monte de produtos, perseguimos o glamour. Sempre digo que celebridades vivem em terceira pessoa porque não podem ter personalidade própria. Ao acompanhar as notícias e fotos dos famosos, estamos comprando imagens de uma pessoa que não existe, que não é real."
(Siri Hustvedt, escritora americana)
(Siri Hustvedt, escritora americana)
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Os livros dentro do livro: Entrevista com Antônio Xerxenesky
Entrevista que fiz com o escritor e editor gaúcho Antônio Xerxenesky lá no Amálgama.
Eis: http://www.amalgama.blog.br/10/2011/entrevista-antonio-xerxenesky/
Eis: http://www.amalgama.blog.br/10/2011/entrevista-antonio-xerxenesky/
nada se pode fazer na vida.
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