domingo, 31 de janeiro de 2010

Das experiências




“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente”.


(Clarice Lispector)

sábado, 30 de janeiro de 2010

Dizem que a gente tem o que precisa


Não o que a gente quer. Tudo bem!
Eu não preciso de muito. Eu não quero muito.
Eu quero mais, mais paz, mais saúde,
mais dinheiro, mais poesia, mais verdade,
mais harmonia, mais noites bem dormidas,
mais noites em claro, mais eu, mais você,
mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca.
Eu quero nós, mais nós, Grudados, Enrolados.
Amarrados, Jogados no tapete da sala.
Nós que não atam nem desatam.
Eu quero pouco e quero mais, quero você, Quero eu,
Quero domingos de manhã, Quero cama desarrumada,
lençol, café e travesseiro, Quero seu beijo, Quero seu cheiro.
Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre
pela boca e o minuto no segundo seguinte:
Nada é muito quando é demais.

(Caio F.)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

E se for mentir, convença




“Há dois tipos de tédio: a pessoa que entedia – os outros – e a que sente tédio. Manda para o psiquiatra aquele que entendia os outros, o cara chato. Sentir tédio é normal”.

(José Ottoni Outeiral, psicanalista e psiquiatra gaúcho)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Soneto do Teu Corpo


Composição: Leoni/Moska

Juro beijar teu corpo sem descanso
Como quem sai sem rumo prá viagem.
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem,
Quero inventar a estrada enquanto avanço.

Beijo teus pés, me perco entre teus dedos.
Luzes ao norte, pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos.

Como em teus bosques. bebo nos teus rios.
Entre teus montes, vales escondidos.
Faço fogueiras, choro, canto e danço.

Línguas de lua varrem tua nuca.
Línguas de sol percorrem tuas ruas.
Juro beijar teu corpo sem descanso.





quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Papo de amigas no salão de beleza


- Lembrei de você na aula de psicofármacos.
- Lembrou?
- A professora falou de dependência química lícita cruzada. Ritalina para acordar e lexotan para dormir.
- (Uma gargalhada).

Sem amadores


“O amor não aceita amadores.
Quando se ama, acorda-se vestido para o milagre.
Soltos pelo riso, nunca amarrados pelo grito”.
[Fabrício Carpinejar]

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

o constantemente inatingido


"Que é o para sempre senão o existir contínuo e líquido de tudo aquilo que é liberto da contingência, que se transforma, evolui e deságua sem cessar em praias de sensações também mutáveis?
(...) mas o possível, o constantemente inatingido, que perseguimos como se acompanha o rastro de um amor que não se consegue, e que afinal é apenas a lembrança de um bem perdido - quando? - num lugar que ignoramos, mas cuja perda nos punge, e nos arrebata, totais, a esse nada ou a esse tudo inflamado, injusto ou justo, onde para sempre nos confundimos ao geral, ao absoluto, ao perfeito de que tanto carecemos.)

(Crônica da casa assassinada, Lúcio Cardoso)

Assisti ontem


" - Onde está sua compaixão? - padre Flynn.
- Em nenhum lugar onde você possa pegá-la - responde irmã Aloysius Beauvier".
(Do filme A Dúvida, muito muito bom)

para o sim


"O pior foi ter imaginado que eu e ele já não existíamos. Que já não fazia sentido dizer nós quando era o nós que tornava a vida possível, me dava a confiança de que eu precisava ir em frente, prosseguir no caminho ou enveredar por outro... o nós que fazia a eternidade soar sempre que eu e ele nos tocávamos e o corpo só existia para satisfazer à fantasia... para o sim, eu quero sim..."
(Consolação, Betty Milan)

Como é que se escreve amizade?


" -(...) por isso que eu escolhi te amar, amiga.HAHAHA.
- Obrigada, rs. Eu nem te escolhi. Mas amo. Que coisa, né? Rs. Não resisto a lamentos de ano novo. Hahahaha.
- HAHAHAHAHHAHAHAHAH. Cretina! Eu não 'escolhi' te amar. Eu 'escolhi' você entrar ou não na minha vida. O amor veio porque viria, mesmo. Não tem como duas almas especiais não se reconhecerem nesse deserto de almas!"

*Para Patrícia Alvim*

Lembra?


"- Você lembra de mim? – perguntei.
- Claro que lembro. Você esteve no meu apartamento em São Paulo, há muitos anos.
- Eu mudei muito, como você lembra?
- Eu mudei também, quem sabe por isso lembro".

(Caio F.)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Resenha da Fernanda Young: O Pau



Resenha que acabou de ser publicada!
O livro da vez é O Pau, da Fernanda Young:
Eis o link lá do Amálgama:
http://www.amalgama.blog.br/01/2010/ela-entende-do-assunto/

PS: leitores queridos, leiam e comentem por lá. Deixem nome e endereço do blog. Vale mais a pena que comentar por aqui, já que o site tem 60 mil acessos mensais, hahaha. Depois eu retorno ;)

O Errado Trapezista




O Errado Trapezista


Aceito,
Aceito que me chames qualquer dos teus nomes!
Nesta terra habitaram todos os rostos que já não acodem
Ao teu apelo! Já não olham de frente
Nem se viram para trás ao escutarem o seu nome;
Apesar de tudo, aceito qualquer nome!

Assim posso acontecer em mim, o que em mim trago
- Trago no bolso uma borboleta cor de chuva
E um pedaço de algodão que arranha o céu, uma nuvem.
Trago ilhéus, mares inteiros, arcas rabiscos de mineiro.
Traços em Hibiscos, em Malvas e Babilónias
De Sábios Persas do Rei Zemir.
Trago num saco um poço labirinto sem fim,
E um caco de cálice que foi ventre em sangue, em mim.
Trago um pão seco de espírito e um gomo de laranja descascada;
Alimento aerívoro de quem caminha sem rumo.
Assim posso acontecer em mim, em tudo o que está por vir.

Aceito,
E aceito sem condições, este falso trapézio!
Nesta porção de terra onde tudo se habitava,
Agora, o que falta se abandona! Era terra?
Aceito! Era aliança, era poema, era ciência?
Talvez esquecimento…
Dos que para trás nem se viraram ao teu chamamento,
Casa trapézio, casulo desfeito,
Tudo em ti, é incerta e exacta ilusão, e
Qualquer nome que seja, tomo, aceito!

Colmeal Velho, 19 de Janeiro

*Texto gentilmente cedido por este blog aqui: http://abarcadosamantes.blogspot.com/2010/01/o-errado-trapezista.html*

domingo, 24 de janeiro de 2010

feixe de referências literárias


"Era ela agora menos que um perfume ou que um sabor? Seria simplesmente um feixe de referências literárias gatafunhadas nas margens de um poema insignificante?
E teria sido o meu amor que a dissolvera de tão estranha maneira, ou era simplesmente a literatura que eu tentara extrair dela?".

(Clea - Quarteto de Alexandria, Lawrence Durrel)

Antídoto, veneno


"Quando olho em retrospectiva minha vida, que não tem trinta anos de duração, vejo todos os meus namorados sentados de modo alternado, de costas um para o outro, como se estivessem na brincadeira das cadeiras. Cada qual um antídoto para o outro que existiu antes. Cada qual uma reação, uma meia-volta, um rebote".

(Medo de Voar, Erica Jong)

inacessível


“Quanto mais estrangeiro, mais será mantido, imaginariamente como parceiro inacessível. Se além do mais seu estatuto de ‘estrangeiro’ o mantém, na realidade, numa distância importante ou mais ou menos permanente da histérica, ele se torna o parceiro dos sonhos. Por outro lado, tão logo o ‘estrangeiro’ se faça mais cotidiano, mais imediato, suas aptidões ideais caem em queda livre: torna-se de imediato tão decepcionante quanto os outros. Donde este fantasma histérico, fartamente alimentado, de ser a mulher de um navegador de longo curso (‘é formidável, tão bom quando a gente se revê...’), ou de ser companheira de um engenheiro preso por vários meses do ano nos confins da Antártida...”.

(DOR,J. Estruturas e clínica psicanalítica, Rio de Janeiro, Taurus Editora, 1994)

sábado, 23 de janeiro de 2010

O leitor se apossa da palavra alheia


"(...) Esse anjo louco é o leitor, que se transporta para fora de si, ocupa o lugar do outro, se torna, um pouco, esse fascinante estranho - o escritor. Há uma dose inevitável de loucura (de delírio) em qualquer leitura. O leitor se apossa da palavra alheia. Acredita que lê o outro, quando lê a si. O outro é só um caminho. Palavras não são monumentos, são estradas".
(Italo no exílio, José Castelo, Prosa & Verso, O Globo, 23-01-2010)

Vem ouvir esse segredo


Falando de Amor

Tom Jobim

Se eu pudesse por um dia
Esse amor, essa alegria
Eu te juro, te daria
Se pudesse esse amor todo dia
Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir esse segredo
Escondido num choro canção
Se soubesses como eu gosto
Do teu cheiro, teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor
Chora flauta, chora pinho
Choro eu o teu cantor
Chora manso, bem baixinho
Nesse choro falando de amor

Quando passas, tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol
Vem depressa, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo
Escondido num choro canção
Lá no fundo do meu coração

Que se há, que se há

Foi

Ninguém

Abismo

Se

Free

Imaginação

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Big, big, big, big


"O sintoma é sempre uma coisa grande".
(La Kepler, seminário de 21-01-10)

Narcisismo


"Gente, não pensem que narcisismo é uma coisa legal! É uma prisão".
(La Kepler, seminário de 21-01-10)

Meninas, mulheres


Confissão aos homens

toda mulher
traz uma sombra no olhar
------------------------------- não de maquiagem -
e carrega um peso nos ombros
------------------------------- sem qualquer bagagem -

toda mulher
parece estar nua
------------------------------- mesmo vestida -
e se faz conhecer aos outros
------------------------------- sempre escondida -

toda mulher
se encara no espelho
------------------------------- aos por quês -
e se sente verdadeiramente só
------------------------------- apesar de vocês -


(Renata de Aragão Lopes)

* Esbarrei no blog da autora e gostei: http://docedelira.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sim, não


"O delírio amoroso pode ser domesticado. Seu luto, não".
(VS)

Ou seja, não há como tornar a perda do Imaginário algo familiar, o sujeito não elabora este luto.

Sem


'O amor é um salto sem rede'
[Lya Luft]

Cada uma com o seu mistério


"Vi a Esfinge. Não a decifrei. Mas ela também não me decifrou. Encaramo-nos de igual para igual. Ela me aceitou, eu a aceitei. Cada uma com o seu mistério”.
(Clarice Lispector)

não se dizem costumeiramente

















"Eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende?"

(Caio F.)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Entrevista - comigo!



Concedi uma entrevista ao blog do Dallas Diego, confiram no link:

http://dallas-diego.blogspot.com/2010/01/entrevista-vanessa-souza.html

Ou, ainda, leiam abaixo:

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Entrevista: Vanessa Souza


"O sujeito não é. É um vir-a-ser. E um vir-a-ser é muito mais interessante do que ser."

Vanessa Souza

1 - Você escreveu no perfil do seu blog “Jornalista - especializada em Moda e Comunicação - e Psicanalista. Não necessariamente nesta ordem.”. O Jornalismo puxou a Psicanálise, ou foi o inverso?

Fiz vestibular para jornalismo, aos 17 - pueris - anos pois queria ser escritora, e precisava escrever direitinho. Em 11 anos de jornalismo, as redações tumultuadas e os empregos múltiplos - já tive quatro ao mesmo tempo - nunca me permitiram ter tempo para dedicar-me a um livro. Quando terminei a faculdade de jornalismo, pensei em fazer uma pós em psicanálise. Mas apareceu a pós em Moda e Comunicação, e na época eu era repórter de cultura em um grande jornal. Achei mais sensato estudar Moda. Depois que terminei, e ia para o mestrado, decidi fazer um curso de transmissão em psicanálise - que eu concluí em 2009. Este ano começo mestrado em psicanálise.

A psicanálise sempre me instigou muito. Fui uma criança precoce. Li Nelson Rodrigues aos sete anos de idade - escondida, claro. E comecei a fazer análise muito cedo, na infância. Freud me caiu nas mãos quando criança, mas eu não tinha compreensão o bastante para assimilar. Respondendo às perguntas, acho que ambas as coisas vieram quase juntas, mas a formação em jornalismo deu-se antes.

2 – Segundo o site Wikipédia, a Psicanálise propõe à compreensão e análise do homem. Na sua concepção, como funciona esse entendimento?

Não concordo com essa definição da Wikipédia, de todo. A psicanálise não é uma ciência, é um saber. Um saber que se constrói em uma relação entre sujeitos. Lacan - meu psicanalista favorito, aquele que eu continuo a estudar após a formação - dizia que não se deve compreender muito rápido. Vale salientar, aqui, que o inconsciente se revela através do tropeço: dos sonhos, dos atos falhos, dos lapsos de linguagem, dos esquecimentos. É de uma maneira "torta" que o sujeito revela o que não pode colocar em palavras.

3 – Há pacientes que não atendem ao tratamento, isso se torna uma frustração para o psicanalista?

Análise não é para qualquer um, disse Lacan. O sujeito precisa ter demanda de análise, desejo de saber. Contudo, essa demanda de análise é construída, poucos querem saber sobre sua falta. Ou seja, se a pessoa não deseja saber, ou não está preparada para isso, é melhor não fazer análise. Esse "atender ao tratamento" é um pouco subjetivo. Psicanálise não cura nada. O psicanalista, na verdade, compromete a pessoa com o seu sofrimento. O sujeito só pode mudar alguma coisa se ele se der conta da participação dele, naquilo que se queixa. É possível dizer que o psicanalista não direciona o analisando, ele fica um passo atrás dele: não o deixa parar de andar, e está alí para o caso do sujeito cair ou tropeçar. Há uma frase do Jorge Forbes, psicanalista da atualidade, que define bem o papel do psicanalista: o analista é alguém que não deixa você desistir de você mesmo, responsabilizando o sujeito na sua dor, mas também nas suas conquistas.

4 – Há pessoas que proferem o seguinte dizer: Uso porque “tá na moda”. Moda é a tendência de consumo de tais peças, objetos, entre outros...?

Moda é muito mais do que consumo. É arte, é estado de espírito, é afeto. As pessoas vestem-se para se agruparem, basicamente. Para causar desejo no Outro. Não vou me estender muito nisso. Chanel explica bem em uma frase: a moda passa, o estilo fica.

5 – Denominou seu blog de “Meu Divã é na Cozinha”, isso remete o fato de você gostar mais da Psicanálise do que o Jornalismo? E como é manter o blog sempre atualizado?

Na verdade, eu fiz um curso de gastronomia e a ideia do blog era apenas postar receitas com fotos. Os devaneios literários e a psicanálise ficavam para minha agenda pessoal. E eu anoto tudo o que me inspira: um diálogo na rua, trecho de um filme, fragmento de um livro, frases de um congresso de psicanálise... TUDO! Até que comecei a deixar de anotar na agenda e postar no blog. Não é um diário virtual, não tem relação alguma com meu momento do dia. São coisas que me tocam - tristes, alegres, bonitas, profundas... O jornalismo nunca vai me deixar, são 11 anos de estrada - até mais, quando tinha 14 anos eu editava dois fanzines, já fazia parte da imprensa alternativa, bem antes dos blogs e de toda a web. Contudo, confesso que a psicanálise anda me mobilizando mais.

Manter o blog atualizado é uma delícia. Tenho centenas de livros - minha biblioteca é vasta e eu adquiro novos volumes todas as semanas, sou, creio eu, uma das maiores compradoras da Estante Virtual - e caderninhos com todas as inspirações que eu citei acima. Fora o que meus amigos, aqueles que fazem parte do "gueto dos transbordantes" me enviam. De vez em quando recebo e-mails do gênero: isto vale um post. Material, creio eu, nunca vai faltar. Até porque eu me alimento de palavras. Tenho SEMPRE um livro a tiracolo: leio na fila do banco, dentro do carro, na sala de espera da analista, em todas as situações possíveis - e as não possíveis também.

6 – Por que de fato não escrever um blog jornalístico e/ou sobre Psicanálise?

Blog's de jornalismo têm aos montes por aí. Todo mundo quer dar sua opinião sobre tudo. Eu não dou a minha se não tenho propriedade no assunto. Acaso eu escrevesse apenas sobre psicanálise, teria uns 10 leitores. Por isso, resolvi juntar tudo o que eu gosto: psicanálise, literatura, gastronomia, música, moda... Certa vez recebi um comentário muito áspero de uma psicanalista, que, em resumo, dizia que meu blog era uma "confusão" de assuntos. Eu sou muitas mulheres em uma, por qual motivo iria me limitar a um tema apenas?

7 – Atualmente você reside no Rio de Janeiro, cidade que enfrenta diversos problemas, tanto sociais quanto estruturais. A maioria das estruturas feitas para o Pan 2007, hoje não é aproveitada pela sociedade e mesmo assim os governos Federal e Estadual irão gastar bilhões de reais para promover a Copa e a Olimpíada. A principio seria melhor resolver os problemas citados anteriormente à que promover tais eventos? O Brasil sempre será um país de dois “gumes”?

Seguindo essa linha de pensamento, a África também não deveria sediar evento esportivo algum.

8 – Foi publicado no site “GTERRA” em 18/06/2009: "Não há no jornalismo nenhuma verdade científica. O curso de jornalismo não elimina os riscos do mau uso da profissão. Há riscos no jornalismo, mas nenhum desses é imputável ao desconhecimento de uma verdade científica", afirmou o ministro Cezar Peluso. O que você acha da decisão de não ser exigido o diploma para Jornalista?

Achei ruim, para ser honesta.

9 – Legião Urbana, Tom Jobim, Elis, Maria Rita. Porque não o Funk carioca?

Gosto de música com letra que me diz algo, que me toque. Definitivamente, o funk carioca não me diz nada, muito pelo contrário.

10 – Para encerrar, gostaria que definisse algumas pessoas:

Presidente Lula: um idiota.

Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral: um turista no Rio.

Freud: um gênio. Pena ter considerado as mulheres "o continente negro" de sua teoria.

Nize da Silveira: Não considero o Jung o maior psicanalista de todos. Porém, o trabalho que a Nize desenvolveu com a arteterapia é fabuloso! Visitar o Museu de Imagens do Inconsciente, que ela fundou no Rio de Janeiro, foi uma das experiências mais interessantes que eu já tive, em se tratando de emoção estética.

Clodovil: virou purpurina, rs.


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Vanessa Souza é Jornalista e Psicanalista radicada no Rio de Janeiro. Autora do blog "Meu Divã é na Cozinha", que possui mais de 200 seguidores, mostrando assim o sucesso atingido. Também é colaboradora do blog "Amálgama". Gostaria de agradecê-la pela entrevista e indicar o seu blog para os demais leitores da entrevista!

Editoria

Eu já matei você mil vezes



Quantas Vidas Você Tem?

Paulinho Moska

Composição: Paulinho Moska

Meu amor
Vamos falar sobre o passado depois
Porque o futuro está esperando
Por nós dois.

Por favor
Deixe meu último pedido pra trás
E não volte pra ele nunca
Nunca mais.

Porque ao longo desses meses
Que eu estive sem você
Eu fiz de tudo pra tentar te esquecer

Eu já matei você mil vezes
E seu amor ainda me vem
Então me diga quantas vidas você tem.

Imagem: minha. Show Tem Moska no Samba, 2008

um jeito qualquer


"Volta que eu cuido de ti e dou um jeito qualquer de tu ficares boa e então nós podemos ir embora para a África ou Oceania ou Eurásia ou qualquer outro lugar onde tu possas ficar completamente boa do meu lado e para sempre, volta que eu te cuido e não te deixo morrer nunca". (Caio F.)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

MACARRÃO COM QUEIJO



250 g de macarrão curto (penne, borboleta, farfalle)
250 g de queijo cheddar
250 g de creme de leite
2 ovos
noz-moscada ralada a gosto
sal e pimenta-do-reino a gosto

1- Preaqueça o forno a 220 graus. Cozinhe a massa de acordo com as instruções da embalagem, escorra e reserve.
2- Enquanto a massa cozinha, bata o queijo, o creme de leite, os ovos e a noz-moscada no processador. Voc~e também pode ralar o queijo e misturar tudo numa vasilha.
3- Ponha a pasta de queijo sobre o macarrão. Mexa bem e tempere a gosto com sal e pimenta-do-reino.
4- Coloque a mistura numa vasilha ou panela que possa ir ao forno - se for rasa, melhor. Asse no forno bem quente por 10 a 15 minutos ou até que esteja borbulhando.

Receita da Nigella Lawson

CROQUE MONSIEUR ASSADO



6 fatias de pão
75 g de mostrada Dijon
126 g (6 fatias) de queijo gruyère
70 g (3 fatias) de presunto
6 ovos
1/2 col. (chá) de sal
80 ml leite
4 col. (sopa) de queijo gruyère, emmental ou cheddar ralado
molho inglês a gosto

1- Passe a mostarda e cada pedaço de pão. Faça sanduíches com uma fatia de queijo, outra de presunto e uma terceira de queijo. Corte cada sanduíche na diagonal para obter triângulos.
2- Acomode os sanduíches numa vasilha que possa ir ao forno.
3- Bata os ovos, sal, leite e despeje sobre os sanduíches.
4- Cubra com filme plástico e deixe na geladeira da noite para o dia.
5- No dia seguinte, preaqueça o forno a 200 graus. Tire a vasilha da geladeira e remova o filme plástico.
6- Polvilhe com o queijo ralado e algumas gotas de molho inglês. Asse por cerca de 25 minutos.

Rende de 4 a 6 porções.


Receita da Nigella Lawson

VITAMINA DE BANANA


1 banana descascada, cortada em quatro, tirada do freezer
150 ml de leite
1 col. (sopa) de mel
4 col. (chá) de Ovomaltine
1/2 col. (chá) de pós para café instantâneo

1- Ponha todos os ingredientes no liquidificador e bata para misturar bem.
2- Sirva num copo alto.

Rende uma porção.

Receita da Nigella Lawson

FONDUE DE FRUTAS COM MOLHO BUTTERSCOTCH


45 g de açúcar mascavo
2 col. (sopa) açúcar
150 ml de glucose de milho (Karo)
30 g de manteiga
125 mll de creme de leite fresco
essência de baunilha a gosto
350 g - aproximadamente - de frutas cortadas

1- Junte os açúcares, a glucose de milho e a manteiga numa panela. Ferva por 5 minutos.
2- Junte o creme de leite e um pouco de essência de baunilha. Mexa bem e tire do fogo.
3- Divida o molho entre duas xícaras ou pequenas tigelas. Ponha num prato e arrume sobre ele as frutas cortadas. Rende 2 porções.

PS: com morangos deve ser uma delícia! Mas eu não tinha morangos em casa - só os Mofados, do Caio F., rs.

Receita do livro: Nigella Express - receitas rápidas e saborosas

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Resenha nova


Escrevi um texto novo para o Amálgama. Quem quiser ler, é só entrar em:
http://www.amalgama.blog.br/01/2010/quem-e-voce/

PS: podem comentar por lá que eu leio também ;)

Nada, tudo













"Que minha solidão me sirva de companhia, que eu tenha a coragem de me enfrentar, que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo”. (Clarice Lispector)

Pra que a dor possa sempre mostrar algo de bom


O meu amor é teu, o meu desejo é meu. O teu silêncio é um véu, o meu inferno é o céu pra quem não sente culpa de nada. E se já não for, valeu; e se já for, adeus. O dia amanheceu, levante as mãos para o céu e agradeça se um dia encontrar um amor, um lugar pra sonhar, pra que a dor possa sempre mostrar algo de bom. Eu ainda lembro o dia em que eu te encontrei. Eu ainda lembro como era fácil viver...

Um amor, um lugar, Os Paralamas

domingo, 17 de janeiro de 2010

Grrrrrrrr


Uma dica para quem cozinha. SEMPRE verifique se os ovos estão em bom estado antes de atirá-los em uma receita - verificar se está em bom estado, leia-se: quebrá-los em outro recipiente.

Explico: apesar de já ter aprendido isso há tempos, não o fazia. Esta noite, toda bobinha preparando um Croque Monsieur - receita do livro da Nigella Lawson, que acabei de comprar -, assim que jogava o sexto ovo na tigela, constatei, com muita raiva, que ele estava podre. Ou seja, receita pelo ralo. Tive que fazer tudo de novo. Que isso sirva-me de lição!

Inpiração - e Caio F.


"Fosse o que fosse que o inspirasse, ele anotava em caderninhos. Sonhos, frases, imãs..."
(Inventário de um escritor irremediável, Jeanne Callegari)

Suspenso


"Quem escreve suspende o tempo".

(Consolação, Betty Milan)

O efêmero


"Quem ignora o efêmero da vida não se dá conta da preciosidade da existência".
(Consolação, Betty Milan)

Cada


"E cada segundo, cada momento, cada instante
É quase eterno, passa devagar".
(Cuide bem do seu amor, Paralamas)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Não importa se um crítico 'goste' ou 'desgoste' de um filme


"Não importa se um crítico 'goste' ou 'desgoste' de um filme. O importante é que esse crítico se engaje integralmente na interpretação de um filme, imprimindo em sua análise todas as convicções, todas as suas paixões, assim como se espera do cineasta que rodou a produção por ele analisado. Opiniões são fugazesm, Reflexões permanecem".
(Martin Scorsese, no ensaio introdutório de Scorsese by Ebert, de Roger Ebert, University Of Chigago Press)

Não se acerta, escapa


" (...) Muitas coisas escorrem pelas bordas de nossa visão. O mais importante (se é que ele existe) sempre nos escapa. É nessa zona de sombras que a literatura se constitui. Seu objeto é, justamente, o que somos incapazes de ver.

(...) Não se acerta o impossível. Ama-se o impossível".

(O arqueiro apaixonado, José Castello, Prosa & Verso, O Globo, 16-01-2010)

Sem deixar para lá