sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Anotações sobre o não-amor


“Mas Nelson, embora tenha tido seu momento, não viria a ser o grande amor da vida de Caio, como, aliás, ninguém seria. Ele era individualista ao extremo, e não deixaria que alguém entrasse em seu mundo; qualquer ameaça à liberdade, ele saltava fora, soltando farpas para todo lado. Nesse ponto, era defensivo, incapaz de se comprometer”

(Sobre Caio F. em: Inventário de um Escritor Irremediável, Jeanne Callegari)

Um comentário:

  1. Me fez lembrar Henry Miller em Trópico de Capricórnio..."Desde o comêço devo ter-me treinado a não desejar muito coisa alguma. Dese o comêço fui independente, de uma maneira falsa. Não tinha necessidade de ninguém porque desejava ser livre, desejeva ter a liberdade de fazer e dar só quando assim ditassem meus caprichos. No momento em que algo era esperado ou exigido de mim eu me esquivava..."

    Miller, Henry. Trópico de Capricórnio, Ed. IBRASA, pp 04.

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