terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Devoravas os livros, com as mãos, com os olhos, com o teu corpo
“Vejo-te ler. Devoravas os livros, com as mãos, com os olhos, com o teu corpo. Adormecia em cima deles, na praia, na cama, no sofá, sublinháva-los, acrescentava frases, exclamações. Lias tudo... (...) Tinhas pressa de recuperar o Tolstoi, o Cervantes e o Proust que não te haviam dado a ler na juventude. Misturavas tudo, isso sim. Deleuze e Ruth Rendell. Camilo e Duras e os contos de Tchekov e os ensaios de Montaigne. Até – suprema heresia! – Shakespeare e Berthe Bernage”.
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
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