terça-feira, 9 de agosto de 2011
que poderia se chamar de Distanciar-se
" 1- O sujeito apaixonado pode escrever um livro sobre o amor. Ele escolhe então aparentemente um exílio a si mesmo como amante, renega o amor para descrevê-lo. Parece abandonar a literatura para praticar a crítica, na ilusão de que isso o cure melhor do amor. Ele pretende ignorar que ele pratica assim uma figura clássica do discurso amoroso, que poderia se chamar de Distanciar-se."
(Calligaris, Contardo. Fragmentos de um discurso amoroso. In: O amor na literatura. Vários autores. Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, p. 118-119)
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Tenho refletido muito acerca da memória, inclusive inspirada pelo filme da imagem.
ResponderExcluirPenso que o desamor as vezes é mais inspirador do que o amor em si.
E que os muito teóricos afastam-se do sentir por buscar sempre respostas.
É triste às vezes. =/
ResponderExcluirDistanciar-se pode ser bom...
ResponderExcluirPerfeito.
ResponderExcluirÉ bem isso...
ResponderExcluirhahahaha
ResponderExcluirimagem e trecho perfeitos juntos - ou separados :P
"Feliz é a inocente vestal. Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Toda prece é ouvida, toda graça se alcança"
ResponderExcluirAdoro esse filme, adorei o trecho. Acho que de certa forma amar é mesmo distanciar-se.
Esse blog é muito lindo.
^^"
Não consegui postar com meu login então...
http://www.escritoseborroes.blogspot.com/