"Afinal, quando Marcel era criança em Combray, comendo biscoitos madeleine à vontade, tudo que queria era fugir de sua cidade pequena. Mas assim que o fez, passou a sonhar incessantemente em recuperar a infância preciosa que desperdiçara futilmente. Essa é a ironia da nostalgia proustiana: lembrar dos acontecimentos como sendo bem melhores do que realmente foram. Mas, pelo menos, Proust estava bastante ciente da própria fraude. Sabia que a Combray de que tinha saudades não era a Combray que existira. (Como ele mesmo disse, "o único paraíso é o paraíso perdido".) Não era culpa dele: simplesmente não havia como descrever o passado sem mentir. Nossas memórias não são como ficção. Elas são ficção."
(Jonah Lehrer in: Proust foi um neurocientista - Como a arte antecipa a ciência. Ed. Best Seller, p. 134)
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querida, tem selinho pra ti no meu blog.. passa lá pra pegar
ResponderExcluirbjosss
http://erikarayanaheart.blogspot.com/1997/07/selinhos.html
Proust tinha esse "defeito" :)
ResponderExcluirAlain de Botton diz o mesmo sobre ele.
simplesmente não havia como descrever o passado sem mentir. 2
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