quarta-feira, 10 de março de 2010

Escrever é um limite, uma dor, um defeito


"O bom é que escrever não serve para nada daquilo que a gente quer. Escrever é um limite, uma dor, um defeito a mais. O bom é que depois de escrever a gente se sente péssimo. Nada mudou, tudo continua no seu lugar... (...) O ruim é que ainda deseja um amor inesquecível".

(Era uma vez o amor - mas eu tive que matá-lo, Efraim Medina Reyes, p. 73)

2 comentários:

  1. Olá Vanessa! Adorei teu Blog, embora eu não concorde com o autor, porque pra mim as palavras são poderosas, e escrever me faz muito bem sim, atinge também muitas pessoas...
    Excelente dia pra você!

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  2. Poxa, posso reconhecer elementos de uma verdade minha dentro desse trecho. Não há como escapar de certa dor quando vemos que toda a construçãod e um texto que solicita a construção de um mundo, depois de feita, é mais um nada que precisa muito mais do que meus dedos escritores. Mas escrever modifica cabeças e mentes e é a partir dela que algo sempre poderá ser feito...

    Com base nisso minha resposta a uma pergunta que me fizeram me fez ir ao outro lado daa questão. Eu respondi:

    "No meu caso a escrita é construção de mim mesmo e do mundo em sua relação comigo. Tenho um pouco disso pela fala também, mas sinto que é no escrever que navego no limite de mim construindo infinitos nos termos de José Gil. Escrever é minha dança; produtora de infinitos por excelência.

    Mas definamos esse infinito. Não é um infinito em extensão, mas um infinito que afasta limites, embora não seja ilimitado. Entende? Ao mesmo tempo em que a escrita me dá medidas, ela me expande. Essa medida não é limitadora, mas construtora de sentidos. A escrita constrói sentidos em mim daquilo que borbulha e jorra indistinto. Por mais que empreenda um raciocínio que direcione esse jorro, é no escrever que eu materializo e me retroalimento de suas medidas.

    Por isso é válvula de escape, mas também de retenção, catarse, pura necessidade, imprescindível para meu bem viver e tem o aspecto externo, de impacto estético que solicita reconhecimento. É tudo isso junto e muito mais que fica numa zona de indistinção e é percebido e vivido no devir; tanto no ato de escrever, quanto no ato de acompanhar quem lê e na própria leitura que faço posteriormente."

    Isso se encontra em meu formspring: http://www.formspring.me/gilmirandajr/

    Abraços, Vanessa... ADORO SEU BLOG...

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