quinta-feira, 18 de março de 2010

Excesso de nascença


"O mar acalmava Camila, criança nervosa, que só conhecia o êxtase ou o desespero. (...) Mudava o riso em lágrimas em menos de um segundo. Passei anos a temer que este excesso de nascença lhe rasgasse a vida em pedaços. E rasgou, mas, sobretudo, secou-a por dentro de uma forma que ainda hoje me parece inimaginável".

(Nas tuas mãos, Inês Pedrosa, p. 62)

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