segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Pelo menos o seu sofrimento é ardoroso...
"- Olhe... por que você não pára de procurar o amor e tenta viver sua própria vida?
- Que tipo de vida eu tenho, se não tiver amor?
- Tem seu trabalho, você escreve, suas aulas, seus amigos...
(...)
- E por que eu me sinto tão mal, e você tão bem?
- Porque você é judia - respondeu ele, rindo - O Povo Eleito. Vocês podem ser medíocres em outras coisas, mas no sofrimento sempre são soberbos.
- Filho da puta.
- Por quê? Só porque lhe disse a verdade? Olhe... você quer amor, quer ardor, quer sentimento, quer aconchego... e com que sai, afinal? Sofrimento. Pelo menos o seu sofrimento é ardoroso... A gente ama a doença que tem. Ela não quer ser curada
(...)
Meu problema era querer ser sempre a maior em tudo. A maior amante, a maior faminta, a maior sofredora, a maior vítima, a maior imbecil... Se me metia em embrulhadas o tempo todo, era por minha própria culpa, por estar sempre querendo ser a maior. (...) Eu não sabia fazer alguma coisa pela metade. (...) A transgressão e o castigo, tudo no mesmo embrulho. Se não puder ser entregue, devolver ao remetente. Mas quem era o remetente? Eu. Eu. Eu".
(Medo de Voar, Erica Jong, p. 258-259)
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Então ... buscar fora o que se há de construir dentro é uma tortura sem fim ...
ResponderExcluir"- Olhe... por que você não pára de procurar o amor e tenta viver sua própria vida?"
ResponderExcluirRi muito. Diria isso para minha irmã tempos atrás...
Vanessa, amada, tu tens uns fragmentos bem autênticos. Eu adoraria passar um tempo morando na tua biblioteca.
Bjs, ótimo início de semana.
Mih
¨Meu problema era querer ser sempre a maior em tudo. A maior amante, a maior faminta, a maior sofredora, a maior vítima, a maior imbecil... Se me metia em embrulhadas o tempo todo, era por minha própria culpa, por estar sempre querendo ser a maior. (...) Eu não sabia fazer alguma coisa pela metade. (...)¨
ResponderExcluirMaravilhoso. Gosto muito do que Erica Jong escreve.